Sociedade Nefasta

Capítulo II

GUERRA COVARDE & SILENCIOSA

NBQ - Nuclear, Biológica e Química

Acabaram as guerras convencionais, aquelas que eram travadas corpo a corpo, terminaram as batalhas das lanças, das setas ou flechas, do tiro a tiro, da pedrada ou da fisgada. Eram um flagelo dos séculos passados, no entanto, eram lutas travadas por Homens altruístas, corajosos e patriotas, que davam o peito às balas, para defender e proteger os seus semelhantes.

Hoje em dia tudo mudou, dizem que vivemos num Mundo melhor, sem homens rudes e cada vez mais fofinhos. É verdade, os homens estão cada vez mais barbudinhos a querer provar a falsa masculinidade, mas depois depilam todos os cantinhos e buraquinhos do corpo, como seres afeminados. Como se comportariam estes "soldados" em missão, num ambiente de batalha, no meio de situações adversas, onde sobreviver às doenças, já por si, era um milagre...?

Hoje em dia, as questões supra enunciadas já não se colocam, as guerras já não têm nada a ver com a robustez dos guerreiros ou com o tamanho das pedras das fisgas ou até o comprimento das lanças. As guerras da actualidade, são planeadas em gabinetes luxuosos e os paióis de armas e munições, transformaram-se em laboratórios sofisticados, de onde saem as armas mais silenciosas e covardes e mais letais que a sociedade alguma vez conheceu.

O Mundo mudou, a guerra Nuclear e a guerra Química, também já pertencem ao passado, as nações vivem de palavras hipócritas e traiçoeiras, desenhadas pelos seus poderosos líderes que se agarram ao poder e privilegiam a economia e a riqueza. Convençam-se os mais tolerantes ou bonzinhos, esses poderosos não se compadecem com ricos ou pobres ou com jovens ou idosos, o importante é ganhar batalhas e vencer as contendas económicas, a qualquer preço. Sim, também é um holocausto é uma chacina, perante a qual, os líderes mundiais assobiam para o lado a população segue-lhe o caminho, comungando e alimentando-se das palavras embelezadas e fraternas, dos vendedores da "banha da cobra". Sejam bem-vindos à "Guerra Biológica".

Afonso Domingues