Brisas de Paixão

Capítulo I


QUANDO MAIS CHOVE MAIS APETECE ESCUTAR

Vem de mansinho e bate leve, levezinho na janela da nossa casinha 
Tu que purificas a minha alma de afecto e vais regando minha vidinha
Adoro ouvir-te cair docemente, como se fosses suave som de melodia
Se fores sempre assim, podes vir a mim, mais de noite do que de dia

Sente a emoção da corrente, como se fosses o sorriso e fosses gente
Cobre a natureza com muito amor, e semeia teu carinho eternamente 
Deixa-me sentir na pele a tua amorosa frescura e o teu suave respirar 
Eu desejo acolher na noite a magia da paixão e a tua vontade de amar

Carregar nos teus desejos a bagagem da felicidade através dos tempos
Sonha com as doces lembranças e com os nossos quentes momentos
Segue o caminho das estrelas e recebe as lágrimas da minha emoção
Percorre as veredas do destino e encontra os desejos do meu coração

Passarei os meus dias a pensar no teu sorriso e minhas noites ao Luar
Terei todo o tempo do Mundo para te escrever poesia e para te escutar
Provarei a todo o instante os teus deliciosos lábios com meus beijinhos
Desejo transmitir-te a minha loucura e paixão com ternuras e carinhos

Deixa que eu permaneça contigo e faça a nossa existência maravilhosa 
Saberei distinguir o bem nos instantes que pintam esta vida cor-de-rosa
Desliza para o interior do meu abraço e refugia-te em mim Princesinha
Lutarei para que o Universo inteiro saiba que tu és linda e que és minha

                  © Afonso Domingues


DESEJO SENTIR-TE 

Vem dai, quero sentir-te. Já não tarda o fim do dia ...!
Carrega o sonho dos meus desejos e transforma-os em melodia
Talvez os anjos ou arcanjos se lembrem e tragam alegrias à gente
Para podermos perseguir as sombras que dançam à nossa frente

Como um mapa antes duma viagem, num ritmo célere e medonho
Perseguindo as variações do Sol através da magia do nosso sonho
Porque afinal és tu quem desenha os emocionantes mapas no meu peito
Com a régua e o esquadro do teu doce sorriso e a beleza desse teu jeito

Já as almas se cruzam nas mãos onde nós fazemos raízes da nossa sede
Como uma teia de sentimentos todos juntos e entrelaçados numa rede
Não tenho outra ambição senão pressentir-te como o piscar dos pirilampos
Voando eu mesmo sem ter asas, através dos devaneios e dos campos

Desejo sentir-te nas brisas que sopram na minha direcção navegando o mar
Pelo calor dum quase beijo, no toque daquilo que penso ou num simples olhar
É uma saudade que me embriaga, que me deixa em transe e desgovernado
Sim de ti, Meu Amor, que me colocas nos teus olhos, como um eterno amado

O tempo urge num longínquo Pôr-do-Sol, como um palpar da imaginação
Sem que tenhamos possibilidade para ensaiar ou repetir a nossa canção
Vem comigo, vamos percorrer o infinito e voar através das constelações
Para assim podermos viver ou morrer neste emaranhado de emoções

É distante, mas também é maravilhoso... Sentir-te sim, sempre sim
Com o teu sentido apurado e tão desperto ... somente fixado em mim
Mesmo sem querer perceber ou vislumbrar, o quanto dista da razão
São pensamentos constantes é o deslumbramento deste meu coração

Não sei o que seria de mim, se não tivesse a tua paixão e cumplicidade
Seria apenas outro eu, sem alegria de viver e com indefinida identidade
Jamais poderia abraçar o teu ser e o teu corpo poder percorrer e beijar
Passaria uma triste existência e seria mais um desalojado sem amar

© Afonso Domingues

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