VOZES DA ALMA
Capítulo II
BOAS FESTAS
Porque é melodia, rima e canção
Séculos de festejos e de tradição
Só nos importam os sentimentos
O reencontro e doces momentos
Anualmente semelhante andança
Renova-se o fulgor e a esperança
Os votos de estima e bem-querer
Com sorrisos de ternura e prazer
Novo ano e nova Quadra de amor
As andanças, a roda-viva e fervor
A reunião em Família e a saudade
As Boas Festas e muita felicidade
O Feliz Natal de afecto e amizade
O Ano Novo e muita prosperidade
Assim voam os anos e a juventude
Deseja-se muita satisfação e saúde
Mas que mais poderíamos desejar
Nesta tão divina Época para amar
Vamos libertar desejos do coração
E sonhar com alegria e com paixão
© Afonso Domingues
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FELIZ NATAL
Dizem que foi lá para o Oriente
Onde lá já nascera muita gente
E até podia ser lá para o Tibete
Que os Anjos tocam a trompete
Mas não interessa onde ocorreu
Apenas se sabe que ele nasceu
Até dizem que andava só fugido
Num pobre estábulo foi nascido
Nem interessa se ele era divino
Apenas cremos que era menino
E cresceu sadio e fez-se adulto
Até pregou as crenças e o culto
Ele fez o bem sem olhar a quem
Foi sempre olhado com desdém
Talvez quisesse unir as mentes
E acabar a maldade das gentes
E então ao seu desejo fez-se jus
O de morrer pregado numa cruz
Talvez não acabasse o que quis
Poder fazer a raça humana feliz
E se foi um sábio ou foi um Deus
Serão apenas dúvidas dos ateus
Muito se especula e se contradiz
Porque ninguém é justo nem juiz
Demos graças ao afecto e à paz
Se acreditamos ou não, tanto faz
Mas a sua nascença é um louvor
Festejemos esta Quadra de Amor
© Afonso Domingues
ILUMINADO NATAL
Nuvens
brancas e transparentes
Raios de Sol radiosos e quentes
Uma brisa temporária e matinal
Com pardais a chilrear no beiral
A estridente orquestra de clarins
Num coro de anjos ou querubins
Compõem uma perfeita sinfonia
Com sons e deslumbrante magia
O silêncio deu lugar aos festejos
Cumpre-se o realizar dos desejos
Ouve-se a algazarra da criançada
Nesta manhã alegre e abençoada
Espreita-se à janela geada na eira
E mata-se o bicho junto da lareira
Depois duma noite empanturrada
Da gulosa e exacerbada consoada
A tradição antiga que já é milenar
Celebrada num ambiente familiar
Não é dia festivo vulgar e normal
Pois estamos no iluminado Natal
© Afonso Domingues
ÉPOCA NATALÍCIA
Vivam as famílias e as lembranças
Ultimadas compras e andanças
Apressadas multidões e correrias
Numa quadra de júbilos e euforias
As Almas ardentes dos mais crentes
Ou os divertimentos dos irreverentes
Salvam-se os costumes e tradições
Para oferecer exultação aos corações
Passou outro ano célere e hilariante
O relacionamento foi frio e distante
E já ninguém se lembra de ninguém
Heis que chega a hipocrisia do amém
As gerações reúnem-se numa ovação
É uma quadra de paz e aproximação
As mesas ficam fartas e divinais
São os prazeres terrenos e celestiais
É uma noite de consoada e de magia
Não faltam os sorrisos de alegria
Comem-se doces e esta ou outra delícia
Hábitos próprios duma época natalícia
© Afonso Domingues
ANO NOVO
Dizem que ano novo vida nova
Passam os dias e nada renova
As almas sonham a esperança
E têm fé de próspera mudança
Rolhas de garrafas que saltam
E corações dos povos exaltam
Simples momentos das gentes
Exaltação embriaga as mentes
A plebe celebra por todo canto
Gerando o frenesim e encanto
Nas praças transborda alegria
Com festejos até romper o dia
Entre as ressacas e os festejos
Declaram-se sonhos e desejos
Apenas um ano que se acabou
Um ainda virgem que se iniciou
Até as dívidas são esquecidas
Das tolas despesas contraídas
Contudo nada se alterou afinal
E a seguir tudo volta ao normal
Os ricos continuam poderosos
Os pobres mais esperançosos
Mas a vida corre como a água
Passa célere e deixa a mágoa
Chega a realidade nua e crua
A perversa inflação saiu à rua
Viveu-se muita festa e euforia
E então tudo acabou num dia
© Afonso Domingues
NOVO ANO VELHO
Foi um ano atípico fora do normal
Culpa dum vírus perigoso e mortal
Deseja-se a esperança nestes dias
Um ciclo que se finda em euforias
Para trás ficam apenas recordações
E passagens completas de emoções
Saudades dos melhores momentos
Tempos de júbilos e de sentimentos
Cantam e exultam as nossas almas
Os espíritos bailam e batem palmas
Que o novo ano traga prosperidade
Jamais nos falte o amor de verdade
O próximo ano traga a paz e alegria
Venha repleto de afecto e de magia
O Mundo celebre saúde e liberdade
E faça jorrar torrentes de felicidade
A contagem decrescente começou
Todas as tristezas já o vento levou
Vamos festejar e seguir a tradição
Os sonhos e votos de muita paixão
© Afonso Domingues
ANO NOVO DE PAZ E AMOR
Um ano com sonhos de mudança
Repleto de ambições e esperança
O tempo corre célere com fervor
E liberta-se a exaltação e o amor
Nossas almas agitam-se em coro
Por vezes sem repulsa ou decoro
Tudo vale neste ápice de emoção
Como se tudo fosse causa e razão
Saltam rolhas e solta-se a timidez
E bebe-se o Mundo duma só vez
Sente-se o doce aroma de paixão
Agitações de euforia e motivação
É um alvoroço de júbilo e alegria
Resumidos em segundos e magia
Passa-se outro instante em glória
Fica apenas gravado em memória
O Novo Ano traga a prosperidade
O anterior não nos deixe saudade
Nossos amigos sejam recordados
E os nossos espíritos abençoados
© Afonso Domingues
FELIZ ANIVERSÁRIO
Nesta data verdadeiramente festiva
Celebra-se o aniversário duma diva
Quero presenteá-la com um carinho
Para que leve o amor pelo caminho
Uma princesa encantadora tão bela
Sublime e imponente na sua janela
No seu doce sorriso aberto em flor
O seu rosto lindo e repleto de amor
Os seus doces lábios como uma rosa
Sempre simpática e tão maravilhosa
Nesta conjuntura colorida de paixão
Soltando calor e carinho do coração
Revive os teus anteriores momentos
Relembra alegrias de outros tempos
Despe-te de caprichos e de vaidades
E preenche a tua alma de felicidades
Disfrutes de muitos anos com magia
Cheia de saúde e contagiante alegria
Com a força e a coragem que tu tens
Desejo-te os meus sinceros Parabéns
© Afonso Domingues