Instantes

Capítulo I



Poesias Soltas


MEU AMOR MEU POEMA 

Ela vinha formosa e esmerada
Tão só, sedutora e aperaltada
Ao vento seu cabelo brilhante
Mulher bela e deslumbrante

Com passos certos e firmeza
É uma gracinha e uma beleza
As suas tão torneadas canelas
Suas ancas firmes e tão belas

Seus lindos olhos de diamante
O seu olhar fixo e penetrante
Lábios de vermelho acetinado
Lindo sorriso doce e molhado

Mirei-a com o olhar disfarçado
Meio aturdido e deslumbrado
Uma imagem exótica de sereia
E nunca mais me saiu da ideia

Como uma beleza e um poema
Ou como um Amor e um dilema
Era a minha vida e minha canção
A minha loucura a minha Paixão

Seu sorriso belo e deslumbrante
É a delicia de qualquer amante
Então fiquei assim enamorado
E por ela de novo apaixonado

© Afonso Domingues


A MINHA RAZÃO 

E quando um poeta canta
Com suas melodias encanta
E nem seria ele um sonhador
Se não escrevesse sobre Amor

Então escrevo a minha razão
Desta maravilhosa Paixão
Não que tenha de a revelar
Mas porque nasci para amar

Esta vida pode ser animada
Nós escolhemos a estrada
Se cair, levanto-me de novo
Sou simples e nasci do povo

E nesta vida sou um viajante
Sou homem justo e amante
E não passo um dia sequer
Sem amar a mesma mulher

Apaixono-me ao acordar
Sonho com amor ao deitar
Eu só me vejo a beija-la
Passo meu dia a recorda-la

Deixarei nos meus escritos
Para evitar contos e ditos
E poder ficar para memória
A minha vida e minha história

© Afonso Domingues


ARROJADO AMOR 

Nos verbos raros que encontrei
Lisonjeiros sonetos te declamei
Por cada encontro foi uma rosa
A cada ternura ficou uma prosa

Na nossa romântica caminhada
Passeamos alegres de mão dada
Da balada apenas sobra o refrão
Para fazer estremecer o coração

Tudo que se vive são momentos
Guiados por lindos sentimentos
Carinhos carregados pelo tempo
E doces beijos levados no vento

O teu olhar mostra a tua pureza
Teus lábios são sorriso e beleza
Dos nossos devaneios sonhados
Maravilhosos desejos realizados

Uma paixão de sublime orgulho
Neste espírito onde eu mergulho
Sol nascente no novo amanhecer
Deste arrojado amor quero viver

© Afonso Domingues


AMAREI ETERNAMENTE

Tempos gravados na memória
Excertos que ficam na história
Foram anos belos e divertidos
São momentos por nós vividos

Não vou esquecer os beijinhos
Nem as ternuras e os carinhos
O que aconteceu não foi ilusão
Eles surgiram por alguma razão

Se tu não me queres diz agora
Que eu partirei pelo Mundo fora
Deixo o meu coração enjeitado
Talvez nem mereça ser amado

E se achas que eu não mereço
Até entendo mas não esqueço
Este alimento sossega a mente
Em mim vai morar eternamente

Jamais posso descurar o amor
Lindos tempos de paz e fervor
Não vou deitar fora esta paixão
Ou então matar o meu coração

© Afonso Domingues


PAIXÕES MADURAS 

Paixões quem nunca as viveu
Naqueles momentos de apogeu
As paixonetas de adolescentes
Os amores verdes e inocentes

Aquelas brincadeiras de escola
Recadinhos deixados na sacola
Em tudo verdadeiro, sincero e real
Apenas miúdos no seu ar angelical

Foram desamores pouco crescidos
Nesses remotos tempos vividos
Porém todo amor tem de ser puro
Sentido com a alma e ser maduro

Todos suspiram por um Amor assim
Como esse que desejo pra mim
O amor autêntico não é fácil obter
Sendo por vezes é difícil manter

Mas é belo e até invejado e é nobre
Um bem-querer para rico e pobre
São sonhos mágicos de encantar
Bem-aventurado quem sabe amar

Conhecem o amor e a magia
Acordam e sorriem com alegria
Sonharam carinhos e doçuras
São maravilhosas paixões maduras

© Afonso Domingues


QUERO-TE AMOR

Penso que foi hoje o dia
De madrugada ou melodia
Ou talvez ontem já nem sei
Apenas sei que não sonhei

Vi que não foi uma coisa vã
O desenhar do meu amanha
Desejo aquele sorriso divinal
Só quero o meu amor afinal

Sou um cavalheiro honrado
Sinto-me leve e apaixonado
Carrego na alma a emoção
E no coração muita paixão

Eu imagino os beijos dela
Lançados através da janela
Já o comboio vai distante
Sonhando o doce instante

O meu futuro será com ela
Feliz enamorada e tão bela
Porque é a minha linda flor
A quem devo o meu Amor

© Afonso Domingues


DESEJOS SONHADOS

São doces olhares então trocados
No nobre espirito dos apaixonados
Já foram cinzelados os momentos
Não adianta enganar sentimentos

Num limiar do querer e da atracção
Não se discute a causa ou a razão
Apenas se vive a certeza e alegria
Enquanto se liberta desejo e magia

E loucuras quem nunca as sonhou
Amores e devaneios que imaginou
Numa agitada noite contigo sonhei
As doçuras de paixão que imaginei

E não serão somente fúteis furores
Doces ideais carregados de amores
É clamor experimentado com a alma
Uma muda saudade que não acalma

Tons de luz esculpidos com emoção
E sentimentos nascidos no Coração
Porque a distância é a voz e o fervor
Para quem percorre a vida com amor

© Afonso Domingues


EU GOSTO DE TI

Sim é a verdade, eu gosto de ti e enfim
Por tudo que és e pelo que fazes por mim
Tens em ti o nobre dom da pura amizade
Que distribuis ao acaso gerando saudade

Preciso de ti para ser o que agora sou
Para viver o hoje que em mim mudou
Desejo sentir os teus doces lábios beijar
Conquistar felicidade num simples sonhar

Quero morar no teu espírito e caminho
E sentir na alma o teu imenso carinho
Voar em nuvens de felicidade e magia
Acolher-te no meu abraço com alegria

Tu és uma mulher muito rica e abastada
Doando o teu lindo sorriso assim do nada
Constróis a razão em cima da verdade
Semeando por todo lado a tua bondade

Como um espelho que reflecte a paixão
Transportas carinho e ternura no coração
Irradiando a beldade sem vaidade e favor
Espalhando o teu afecto e doando amor

© Afonso Domingues  


MELODIA DO AMOR 

Tu que nos meus sonhos voas
E que meus devaneios povoas
Cruzas as asas do pensamento
Plantas amor a cada momento

Despertas-me para a realidade
Incutes-me o afecto e saudade
Cativas a lembrança na mente
És minha recordação presente

Crias com teu sorriso a paixão
Tocas baladas ao meu coração
Saboreio tuas lindas melodias
Carinho que alegra meus dias

Só desejo a minha sede saciar
E teus deliciosos lábios beijar
Sentir teu corpo junto ao meu
Nesta noite gelada como breu

Minhas noites são iluminadas
E nestas memórias estreladas
Percorro um caminho de luar
O meu itinerário para te amar

© Afonso Domingues


LOUCA PAIXÃO 

Límpidos são os sentimentos
Gerando sublimes momentos
Existe muito afecto e emoção
Só com amor brilha o coração

É estado de espírito fervoroso
Os corpos num limbo amoroso
Vem os pensamentos da mente
De comuns mortais e de gente

Astuciosos desejos instigados
Suspiros de casais apaixonados
Naquelas estimuladas fantasias
E muitas e sorridentes alegrias

São suaves desejos sonhados
Naturais emoções de amados
Numa procura pela felicidade
Inglória busca ou curiosidade

Dos sonhos de outrora retidos
E apenas em fantasias vividos
Às vezes por desilusão sofrida
Motivada pela traição sentida

Experimentando as sensações
Ousados devaneios e tentações
Voluptuosa e deliciosa emoção
Esses instantes de louca paixão

© Afonso Domingues


FLUXO D´AMOR

Tu chamaste-me para ti e eu vim
Já fazes parte de mim por fim
Estarei onde o teu desejo quiser
Mais amada que qualquer mulher

Encontro-te nos espelhos reflectida
Participas em toda a minha vida
Habitas na luz da minha memória
Fazes parte do futuro e da história

Eu revejo-me em ti profundamente
Neste entusiástico estado contente
O meu espírito respira felicidade
Num fluxo de afecto e cumplicidade

Sejamos como um único ser
Unidos pela mesma razão de viver
As nossas vontades serão realizadas
Conforme as doces fantasias sonhadas

As nossas almas dançarão ao luar
Os corpos colherão a brisa do mar
Viveremos da alegria e da emoção
Brindaremos aos desígnios da paixão

Renunciaria a tudo o que eu já vivi
Para nunca mais viver sem ti
Partiria contigo para qualquer lugar
Onde te pudesse proteger e amar

© Afonso Domingues  


VERÁS QUE TE AMO 

Verás que te amo como a Lua o luar
Sentirás no teu coração o meu amar
Gritarás aos céus pelos teus ensejos
Colherás nos sonhos os teus desejos

Vais ser mil vezes por mim beijada
Muitos mais anos por mim amada
Dançarás ao vento as tuas fantasias
Poderás alimentar muitas alegrias

Cantarei ao vento a cada momento
Tudo o que me vai no pensamento
Não viverás um dia sem emoção
A cada amanhecer haverá paixão

É nesse paraíso que desejo morar
A escutar o ritmo das ondas do mar
No meu peito ouvirei a tua canção
Apaixonado palpitar do teu coração

És a minha vida e o meu bem-querer
Fecho os olhos e vejo-te no meu ser
O teu doce sorriso já habita em mim
Porque este meu amor não terá fim

© Afonso Domingues


 ESPLENDOR DE PAIXÃO 

Como nada acontece sem ordem do destino
Nossas palavras sejam mensagens do divino
Só sei que o meu pensamento está em ti
Responderei por tudo que até agora senti

O meu Amor não pode viver sem o teu lindo sorriso
Esse mesmo tão belo que me faz perder o juízo
Nem seriam os meus desejos tão sábios
Sem provar a doçura que brota dos teus lábios

O teu aveludado rosto é uma gracinha
Seja carinho ou simplesmente uma ternura minha
Não vou desistir desta maravilhosa felicidade
Até me despedir desta vida através da idade

Saberei sempre conduzir os meus sentimentos
Gravarei os mais subtis e doces momentos
A minha alma será para um sempre tua
Viajará através do luar que nasce na Lua

Se eu não guardasse em mim tanta emoção
Jamais conseguia ver o que diz o teu coração
O Amor pode ser sentimento de regozijo ou dor
Será sempre paixão em todo o seu esplendor

© Afonso Domingues


HOMEM AMADO

Os meus devaneios cruzem o universo
Traduzidos em melodia ou em verso
O teu doce olhar me traga a paz e a calma
Me sorria e mergulhe no fundo na minha alma

E que essas loucuras por mim cometidas
Fiquem registadas como por nós vividas
Naqueles momentos de euforia e de fervor
Pois quando te beijo é por prazer e por amor

As minhas fantasias emergem do teu ser
Trazem-me a vontade e a força de viver
Transportas para mim uma enorme emoção
Carregas uma euforia da luxúria e da paixão

Beijas como se o instante fosse de magia
Colocando no ar todo o afecto e alegria
Recebes de mim todo o carinho e ternura
Sentes na pele o meu desejo e loucura

O que eu faço não é uma mera aventura
É uma fórmula de luxuria e de doçura
Mantenho desejos de viver ao teu lado
Experimentar o sabor de homem amado

© Afonso Domingues


VONTADE D´AMAR

Um momento único de Inspiração
Uma onda de puro fervor e de paixão
É o milagre da arte e da magia
É esplendor dos sentimentos e da Poesia

Os afectos tecidos no interior do coração
E os devaneios da loucura e da Paixão
Um sossego no conforto do meu canto
Deslumbrado com o teu sorriso e encanto

Duas almas na enseada a ver o mar
Com a noite toda para beijar e embalar
Sentir a o sopro da tua vida no teu respirar
O teu coração apaixonado a palpitar

Como pano de fundo as ondas do mar
As condições para sorrir e poder sonhar
Aquela vontade de te pertencer
Os loucos desejos de contigo permanecer

Despertar e sussurrar-te de madrugada
Ver-te deslumbrante e linda pela alvorada
São apenas meus desejos de encantar
Com uma enorme vontade para amar

© Afonso Domingues


AMOR PRESENTE

Não te esqueço nem por um segundo
Habitas no meu ser e no meu Mundo
Está nas entranhas do meu pensamento
Vives nos desatinos do meu momento

Poderás deambular por todo o lado
Terás sempre meu olhar e meu cuidado
Estarei no teu sorriso sempre presente
Vou apoiar-te e proteger-te eternamente

Os anjos poderão até cometer uma traição
Mas eu jamais enganarei o teu coração
As estrelas podem só brilhar na noite fria
O meu amor será cintilante todo dia

Desejo unir as nossas almas em paixão
Viver as loucuras da luxuria e emoção
Escrever-te lindas prosas e melodias
Declamar-te sonantes rimas e poesias

Jamais omitirei a luz dos sentimentos
Recordarei os nossos doces momentos
E se a ânsia dos meus lábios é beijar-te
A vontade do meu espírito é amar-te

© Afonso Domingues


O QUE EU SINTO 

Sim, definitivamente, só mesmo eu
Que desejo ver a beleza do sorriso teu
Vejo em ti momentos divinos e sábios
Idolatro a beleza dos teus doces lábios

Eu não te escrevo só por te escrever
Nunca o faria só pela vontade de o fazer
Mas porque só eu Te-Amo verdadeiramente
Tudo o resto são desejos cultivados na mente

São meras promessas camufladas de ilusões
Com inoportunos devaneios e atracções
Sei que pode parecer grosso, duro e feio
Esses avanços atrevidos e sem qualquer rodeio

Só eu sei o quanto te invejam e te devoram
Com olhos gulosos e lascivos que te olham
Cabe-te a ti discernir tudo o que é divinal
Como o que pretendes da tua vida afinal

Esses avanços sufocantes ou altaneiros
Tidos como normais, são usuais ou vezeiros
Nem sequer parecem nascer da maldade
Mas não te iludas que não é amor de verdade

© Afonso Domingues


ENAMORADOS 

Embrenhados na avidez da carência
Ou por vezes a desmesurada ausência
Entrelaçam seus corpos pelas passagens
Saciam a volúpia do amor nessas paragens

Esquecendo-se desse Mundo que os rodeia
Em actos que a tola sociedade não permeia
Como se não existisse nada além desse paraíso
Perdendo, por vezes, a compostura ou até o juízo

Deixando gravado nas nuvens o seu lascivo desejo
E nas sensuais caricias do seu apocalíptico ensejo
Instantes que deixam os simples mortais ansiosos
Naqueles gestos tão provocantes como libidinosos

São sentimentos nobres para gravar na memória
Flashes da vida que ficam eternizados na história
Valhamos essa gloriosa e infinita onda de paixão
Revelada pelo tão raro e enamorado coração

Pela estrada lado a lado numa onda de carinho
Essa calçada da ternura seja a luz do caminho
Sejam momentos de pura loucura e de calor
Conduzidos pela atracção e pelo amor

© Afonso Domingues               


 PENOSOS SONETOS 

Pergaminhos pintados de sonetos e prosas
Dispersos por rimas subtis e maravilhosas
Guardados na mente e coração dum marujo
Nos confins dum porão e num cargueiro sabujo

Viajaram por mares de ilhas belas e misteriosas
E pelas águas obscuras, turvas e tempestuosas
São lidos esses tormentosos poemas de encantar
Por arautos ou outros capazes de os declamar

Em jardins enfeitados com madressilvas e rosas
Para déspotas classes privilegiadas, fúteis e vaidosas
Prazeres apenas reservados à burguesia e à nobreza
Impudentes realidades que aos pobres geram tristeza

Escritos que narram os amorosos relacionamentos
Vivenciados por espirituosas almas com sentimentos
Descrevendo com imaginação todo o gesto amorável
Perpetuando esse doce afecto num infinito saudável

As emoções estão transformadas em memórias
Foram gravados no coração os amores e as glórias
Mas um verdadeiro Amor nunca exigiu condições
Porque ele vive da convicção, de romances e paixões

© Afonso Domingues               


 LOUCURAS MINHAS

Meus desejos serão assaz atrevidos
Talvez ensejos de sonhos outrora vividos
Sonhados pelo intrigante subconsciente
E imaginados por uma fantasiosa mente

Pelos primórdios deste enfastioso tempo
Em ousados jogos de trivial entretimento
Porque nesta sociedade cruel e enfadonha
Conseguir triunfar na vida é coisa medonha

Pois nesta amarga e breve existência
Não me permito cair em demência
Nem sequer ultrajar o que é mais sagrado
A limpa consciência de homem honrado

São fantasias ou pensamentos inofensivos
Somente tentações de propósitos cativos
E acudam-me os fictícios e lascivos devaneios
Para afugentar os meus impiedosos receios

Sublimes passagens de amor e de paixão
Apenas experiências vividas com o coração
Que talvez não passem de simples diabruras
Ou sejam apenas as minhas saudáveis loucuras

© Afonso Domingues 


GUARDA A FELICIDADE 

Os espíritos limpos e os desejos quentes
São os ideais concebidos em nossas mentes
Quando não sabemos sequer o que escolher
Nem o que é bom para nós, sabemos receber

Talvez sejam só instantes de mera parvoíce
Ou factos evidentes de momentânea tolice
Amor verdadeiro quando ocorre é só uma vez
Não o saber aproveitar e preservar é malvadez

Muita gente não sabe o que faz ou o que quer
Perde tudo que ama sem se aperceber sequer
As forças do mal sem que alguém o preveja
Atiçam esforços louvando a incúria com inveja

Nunca arremesses as tuas intenções ao vento
Arrecada na tua alma o teu segredo ou intento
O ténue júbilo duma bela e inigualável paixão
São como doces vozes que aquecem o coração

Aprende a proteger tudo o que te fizer sorrir
E guarda a felicidade e nunca a deixes partir
Preserva o que te faz sorrir com todo o fervor
Defende com bravura o teu verdadeiro amor

© Afonso Domingues 


VENTOS DE SAUDADE 

Desejos aquecidos pelas memórias do tempo
Recordações que não se dissipam com o vento
A abismal distância que não atenua a nostalgia
E essa tristeza medonha que nos mata a alegria

São factores que não se podem apagar e esconder
Sobrando às almas a irrefreável vontade de se ver
Condições tão terríveis, melancólicas e estranhas
Corroem os meandros da paixão e as entranhas

Nesta contenda contra essa lonjura que separa
A angústia que a cada dia aumenta e nunca para
Os enamorados vivem a desmotivação cadente
Num emaranhado desse amor tão displicente

São intenções ardentes e sonhos dos amantes
E o fervor que aproxima os corações distantes
Crónicas que a vida tece no espírito das gentes
Desnudando a exaltação dos amores ausentes

Basta o aconchego dum abraço e um só olhar
Esses puros desejos e essas intenções de amar
Só o reencontro faz cessar a nefasta maldade
Deixando de soprar esses ventos de saudade

© Afonso Domingues 


INGLÓRIOS AMORES 

Muito se queixam das desilusões essas gentes
Nada fizeram para manter as relações quentes
Emaranham-se com os preceitos as afinidades
Elegem-se contextos que afastam as saudades

Esse Mundo autêntico e honesto fica esquecido
O amor rejeitado é injuriado e depois perdido
Valores morais são então arremessados ao caos
Valorizam-se de seguida os insípidos e os maus

As vinganças de despeito são uma vil constante
Num panorama apenas covarde e deselegante
A briga de décadas é reles e lançada ao inimigo
Criam-se ligações erróneas providas de perigo

Os bons momentos passados são descartados
Surgem as sentenças desses instantes gozados
Como se tivessem sido errados e mal passados
Quando afinal ainda eram entes enamorados

Onde não existir paixão habitam os desamores
Os relacionamentos não são um mar de flores
Tudo tenta ser esquecido sem honra e sucesso
Foram inglórios amores sem senha de regresso

© Afonso Domingues 


ESCOLHI AMAR 

Soem as trompetes através desses céus infinitos
Que dancem os anjos nos seus bailados eruditos
A Lua perdure pela noite de estrelas cintilantes
O Sol desperte o dia e os desejos dos amantes

Cubram-se os campos de belas flores cheirosas
Os jardins do Éden de coloridos gladíolos e rosas
Em prados revestidos com tapetes verdejantes
As brisas soprem suaves pelos montes ondulantes

A natureza preencha o Mundo de plena harmonia
Haja magia dos deuses para alimentar a fantasia
O azul do mar se estenda para além do horizonte
E a sede do amor venha saciar-se na nossa fonte

A vida nos venha encher com a sua paz silenciosa
Onde a nossa felicidade seja longa e majestosa
Não vou tentar enganar mais a minha liberdade
Sou um homem maduro na vivência e na idade

Não serei um herói nem tão pouco serei vilão
Apenas sigo as estrelas e os sinais do coração
Já escutei muitas lendas e histórias de encantar
Nasci e cresci sem destino, então escolhi amar

© Afonso Domingues 


ACOLHI-TE NUM ABRAÇO 

Enclausurei as tristezas nas profundezas do baú
Desfolhei o meu livro onde rascunhei tudo a nu
Escalei a mais alta serra e cantei rimas ao vento
E então escrevi pra te declamar este momento

Voltei ao mar e atravessei revoltas tempestades
Desaguei numa praia deserta e senti as saudades
Parti num regresso deveras moroso e atribulado
Naquele oceano imenso já em sonhos navegado

Nunca mais vislumbrava essa longínqua margem
Carregava emoção e enorme paixão na bagagem
Meu amor clamava por mim tão só desamparada
O tempo corria lento a cada torturante alvorada

E até me apetecia velejar nas asas dum golfinho
Ultrapassar o marasmo e assim arrepiar caminho
Precisavas do meu aconchego e do doce carinho
Recordava o teu olhar e no sorriso o teu beijinho

Ao senti r o teu sabor que me ficou na lembrança
Vi através da alma que teria uma ténue esperança
Então consegui finalmente alcançar o teu espaço
E suave e deliciosamente eu acolhi-te num abraço

© Afonso Domingues 


SENTIMENTOS 

Sinto um leve toque na minha alma
Como um ardor que me rouba a calma
Provavelmente são as loucuras a flutuar
Ateando delírios e sonhos d´arrepiar

Pode ser apenas a fúria do vento
E até mesmo uma brisa do momento
Vou dissipar dúvidas e acabar esse dilema
Possivelmente mudar essa sina ou lema

E quando o objectivo é a paixão
Farei ouvir a nossa música ou canção
Nesta vida tão madrasta e cruel
O nosso Mundo será doce como o mel

Ninguém quebrará a nossa Paz e harmonia
E jamais os pássaros perderão a sua melodia
Porque afinal também somos gente
Pessoas como as demais certamente

Jamais daremos tréguas à maldade
Não vamos desistir da nossa felicidade
Somos alguém que sabe ultrapassar a dor
E também nós sentimos o Amor.

© Afonso Domingues 


VOLTAR AMAR 

Este mês sem o ruído das cidades
Parti com uma sacola cheia de saudades
Percorrendo saudáveis e excelentes aragens
Admirando belas e maravilhosas paisagens

Mas meu espírito encontra-se irrequieto
Sente o meu coração carente e incompleto
O meu amor não me pode acarinhar
As forças ocultas obrigaram-na a ficar

Vejo o meu regresso longínquo e demorado
Tão distante daquele reencontro desejado
A vida de viajante é deveras impiedosa
Tirando-me o calor duma mulher carinhosa

A minha alma chora num silêncio disfarçado
Almejando por aquele beijo doce e molhado
Não vislumbro a hora nem o momento
E acalmar a loucura que atiça meu tormento

Pretendo serenar minha desmedida emoção
Sossegar a alma e abraçar a minha paixão
O que eu desejo é simplesmente regressar
Sentir o divino prazer de poder voltar amar

© Afonso Domingues               


NA NOSSA CAMA 

Desejo-te mulher linda e sensual
Numa ambição voluptuosa e carnal
Quero partilhar caricias de encantar
Tocar na tua aveludada pele e depois amar

Tira-me deste torpor e agita a minha paixão
Conta histórias que me derretam o coração
Declama ao meu ouvido uma doce poesia
Canta uma música e faz nascer a tua magia

Deixa-me afagar os teus cabelos sedosos
Saborear os teus beijos cálidos e deliciosos
Provar no teu corpo esse gostinho a maresia
Encher o mundo e a alma de paz e de alegria

Vem agora experimentar essa emoção
E vamos juntos escutar a nossa canção
Tira teus sapatos e as vestes de cetim
Aproxima-te do calor que nasce em mim

Pretendo distribuir por ti a minha ternura
Tocar os teus lábios e saborear tua doçura
Vem serenar esta irrefreável chama
Deita-te assim descalça na nossa cama

© Afonso Domingues                                                         


PRAIA DE LOUCURAS 

Os areais ficam alegres e sarapintados
Com uma multidão de corpos bronzeados
São as donzelas tão majestosas e belas
Ao largo nas águas é o colorido das velas

Como esta paleta pinta-se a mais linda tela
Transformando-a numa encantadora janela
É uma imensa panóplia de cores sem igual
Casualmente tingida pela época estival

Foram aqueles beijos doces e salgados
Os furtivos abraços sentidos e apertados
Naqueles devaneios d´amor a saber a mar
Desejando nas ondas da paixão mergulhar

Uma toalha estendida com muito pra contar
Sopra uma suave aragem pra nos refrear
Jamais poderei esquecer estes momentos
Nascidos nos meus sonhos e pensamentos

Tão belos instantes pra decorar o coração
Sentidos com muita consciência e paixão
Vivem-se sensuais brincadeiras e ternuras
Nesta deslumbrante praia de loucuras

© Afonso Domingues                                                          


BEIJOS QUE TE DEI 

Naqueles longos e primorosos passeios
Carregados de carinhos e devaneios
Impondo em cada esquina uma paragem
Para saciar a voraz sede ou ver a paisagem

E em cada olhar o teu belo e doce sorriso
Perdendo-se por vezes a correcção e o juízo
Tão loucos os nossos deliciosos momentos
São almas cheias de amor e sentimentos

Fomos beijando em cada oportunidade
Suplantando a nossa desmedida saudade
O amor verdadeiro é mesmo assim
Porque quando amo dou tudo de mim

Vivi loucuras nunca dantes imaginadas
Com a mulher das minhas noites sonhadas
Eu adorava perpetuar este meu fado
Nesta paixão que tenho idealizado

Belas passagens que ficarão em memória
Gravadas nas páginas da nossa História
Todos os instantes juntos que eu amei
Quão maravilhosos os beijos que te dei

By Dom                                                            


UM ATÉ BREVE 

Um mês que termina em tom azedo
Chegaram as chuvadas de meter medo
No horizonte as nuvens vão carregadas
Ameaçando as tempestuosas trovoadas

Aproveita-se o último raio de sol numa prece
Que espreita fraco e tímido já nem aquece
Paira um triste clima de final de Verão
E um regresso carregado de emoção

Os veraneantes carregam uma tez escura
O fim das férias a sua grande amargura
Arruma-se a sórdida tralha na bagagem
E planeia-se a melancólica viagem

Deixam-se para trás recentes amizades
Carregam-se as promessas e as saudades
Surge a esperança que para o ano há mais
Vulgares desculpas e pretextos surreais

Os pensamentos recaem no quotidiano
Carregaram-se forças para mais um ano
Vem a partida com o espírito solto e leve
Atirando à nostalgia, apenas um até breve

© Afonso Domingues                                                          


MEU AMOR 

Começou naquele dia que eu te vi
Gravei-te na memória e jamais te esqueci
Passaste a fazer parte de mim e dos sonhos
Cessaram aqueles pesadelos medonhos

As estrelas iluminaram o meu caminho
A Lua presenteou-me com o seu carinho
Pelos céus os Anjos tocaram melodias
Os querubins dançaram e fizeram magias

Senti um choque no peito e renasci
Foram emoções que nunca dantes vivi
A minha alma foi invadida pela tua canção
O Sol sorriu-me e aqueceu meu coração

Dissiparam-se as nuvens, chilrearam as aves
O forte vento denudou-se em brisas suaves
Serenaram as ondas e o meu mar amainou
Da serra mais alta a Paixão por mim chamou

Atendi ao chamamento como voz da razão
Deixando-me envolver nessa sublime emoção
Já não sentia qualquer dor nem sofrimento
Abracei de felicidade o Amor e o momento

© Afonso Domingues                                                          


NAS ASAS DUMA PRINCESA 

Cheguei com uma mão cheia de desilusão
Quando tudo pregava pregos no meu caixão
Perdi o maravilhoso cheiro das flores
O Mundo ficou cinzento e sem cores

Vasculhei no meu baú por uma Paixão
Num subconsciente vazio de emoção
Pedi às estrelas que levassem a minha dor
E devolvessem a minha paz e o amor

Ninguém prendeu a minha atenção
Ou surpreendeu o meu débil coração
Desejava apenas uma doce missiva
Nas ondas duma mulher amorosa e querida

Mantinha viva a minha expectativa e ilusão
Nessa contenda não via dó nem compaixão
Surgiu um ténue mas cintilante luzinha
Encheu-se de esperança a alma minha

Com essa ténue oportunidade eu renasci
Envolto em sentimentos que nunca senti
E hoje já tenho a felicidade e a certeza
Estou a voar nas assas duma Princesa

© Afonso Domingues               


PROMETO AMAR-TE

Nas nuvens da tua paixão me revejo
És toda a ambição do meu desejo
E no brilho do teu doce olhar
Receber teu carinho o meu acalmar

Quero desse teu corpo usufruir
Desfrutar o teu encantador sorrir
Desfolhar as pétalas da tua flor
Receber a tua ternura e o teu calor

Pretendo guardar-te sempre em mim
Acarinhar-te na nossa cama de cetim
Envolta no perfume de rosas e lírios
A fonte dos meus devaneios e delírios

Vem docemente segredar-me ao coração
Na tua voz suave e melodiosa canção
Vamos divagar juntos pelas avenidas
Relembrar as nossas peripécias vividas

Serei o teu confidente e conselheiro
Estarei do teu lado o tempo inteiro
Vou parar em cada esquina e beijar-te
Prometo em todo o momento amar-te

© Afonso Domingues 


NAS ONDAS DA PAIXÃO 

Sei que não me vês quando me olhas
Então meus olhos em lágrimas molhas
Quando me desprezas com o teu olhar
Jamais desejo dos meus sonhos acordar

Alimento-me desta deprimente ilusão
Vejo a tua imagem na minha ambição
Imagino as tuas mãos no meu despertar
E no meu rosto o teu suave acarinhar

A minha mais pura fé é de imaginação
Ter-te colada a mim a escutar o coração
Quero sentir no teu corpo esse amor
Apagar a fogueira que atiça a minha dor

Saborear os teus beijos até à exaustão
Colar nossos lábios e perder a respiração
Já pouco mais aspiro na minha idade
Apenas rogo por essa oportunidade

Deixa que te sussurre minhas poesias
Que possa partilhar as minhas alegrias
Habitar nesse limbo e nessa emoção
E viver contigo nas ondas da Paixão

© Afonso Domingues 


SACIASTE MEUS DESEJOS 

Sei que não existem mulheres iguais
Apenas decadências e instintos animais
Eu não sou cavaleiro nem sou nobre
Tenho espírito livre e condição pobre

Mas estou aqui para te acolher
Elevar a nossa ilusão e o nosso viver
Conquistar castelos para te oferecer
Esteja o Mundo com Sol ou a chover

Jamais desistirei de ti ou do teu olhar
Nem do teu belo sorriso e do teu beijar
Vim para te acompanhar na eternidade
Sem qualquer subterfúgio ou maldade

Quero-te comigo assim tal como és
Nem que tenha de me ajoelhar a teus pés
Porque de ti jamais eu vou desistir
Reviro tudo ao avesso só pra te ver sorrir

Encontrei em ti o que sempre sonhei
Descobri nos teus lábios que nunca beijei
És tudo que satisfaz os meus ensejos
Só e apenas tu saciaste os meus desejos

© Afonso Domingues 


SOU HOMEM NORMAL 

E se tu cativaste o meu coração
E me encantaste na tua prosa e canção
Que poderei eu fazer para te agradar
Senão sacudir as nuvens e sonhar

Quando me chamas de "amore mio"
E me fazes atravessar qualquer oceano ou rio
Que mais eu farei para te poder alcançar
Senão solicitar autorização pra te amar

Tu que me deixas com cuidado e saudades
E transformaste o ritmo das nossas idades
O que posso eu fazer para te ter a meu lado
Sem ser através dum devaneio sonhado

Tu que és livre de amar quem quiseres
Tens mais inteligência que muitas mulheres
Porque prendes em mim a tua atenção
E depositas no meu ser toda a tua paixão

Podias conquistar palácios ou riquezas
Ficaste a meu lado sem futuro ou certezas
Sim, porque estás tu comigo afinal
Quando apenas sou um homem normal

© Afonso Domingues 


MUSA QUE ME INSPIRAS

Tu não és uma criatura qualquer
És uma doce e maravilhosa mulher
Transmites-me a tua coragem e alento
Desenhas loucuras no meu pensamento

Eu gostava de te oferecer o Mundo
Resgatar-te desse viver inóspito e imundo
Presentear-te com belas vestes de linho
E até transformar a água em vinho

Beijar teus lábios ao nascer da aurora
E amar o teu ser a toda a hora
Mas sou apenas um simples mortal
Sou aquele que te ama sem igual

Prometo falhar nos meus intentos
Mas vou esforçar-me a espantar ventos
Para não perder nunca o teu carinho
E proteger o teu destino e nosso caminho

Encantas e libertas meus pensamentos
Fazes-me sonhar e imaginar momentos
Bebo do ar que tu te alimentas e respiras
Porque és a única musa que me inspiras

© Afonso Domingues 


ANOITECER AMOR 

Após um enfastiado e cansativo dia
Vem o aconchego e a nossa melodia
É um feliz regresso ao doce lar
Um cantinho recatado do nosso amar

O reencontro já tardio e amoroso
Num abraço apertado o nosso gozo
O clima de satisfação e de emoção
As prosas amorosas na nossa intenção

Um carinho sonhador e quântico
O jantarinho saboroso e romântico
Aquele roçar malandro ao passar
As peripécias e o menu a cozinhar

O serão carregado de voluptuosidade
As cenas de luxuria e sensualidade
Propositado encosto no vão da escada
Um beijo arrebatado no hall de entrada

São as peripécias dum desejo apetecido
Efeitos da paixão ou do fruto proibido
Nosso olhar lascivo, as estrelas e o luar
Anoitecer amor com intenções d´amar

© Afonso Domingues 


MARAVILHAS DO AMAR 

Tenho uma guerra na minha mão
Vou iniciar a doce batalha da paixão
Lutar contra os demónios e dragões
Conquistar as nossas desejadas ilusões

Semear pelo universo as belas magias
E declamar lindas prosas e poesias
Continuar a sorrir e a sonhar
Dar azo às fantasias do meu divagar

Procurar pelo teu afecto e carinho
Fazer dos sonhos o nosso caminho
Encostar nossos corpos em sintonia
Colher os frutos da nossa alegria

Proteger-te no meu apertado abraço
Descansar minha alma no teu regaço
Olhar-te docemente ao despertar
Teus belos e dourados cabelos afagar

Cheirar o odor da tua pele suada
Sentir os teus delírios d´apaixonada
Experimentar o paladar do teu beijar
E viver as loucas maravilhas do amar

© Afonso Domingues 


LÍVIDOS PENSAMENTOS 

Quero sustentar a minha vida colada à tua
Escutar o som da paixão e o brilho da Lua
Ter-te comigo nas noites longas e frias
Sentir os teus calores e as tuas alegrias

Deixar-me repousar no teu leito de cetim
Usufruir desse perfumado odor de alecrim
Encostar a minha cabeça leve no teu peito
Sentir os teus desejos e aquele doce efeito

Trepar na escadaria do sucesso e da fama
Pernoitar a noite do teu quarto na tua cama
Despertar duma tormenta e dar corda ao vento
Para que sintas a raiz do meu pensamento

Olhar e admirar o teu lindo vestido bordado
Recuperar a noção e a poesia do tempo amado
Passear contigo por prados de viçoso jasmim
Para saboreares o suco do amor que há em mim

Só desejo ver-te sorrir e cantar eternamente
Num futuro risonho tão alegre e contente
Exige tudo o que a tua mente puder imaginar
Na arte de viver e na doce magia de amar

© Afonso Domingues 


REALIZA O SONHO MEU 

Nunca negues ao vento o que eu já senti
Jamais apagues tudo aquilo que eu já vivi
Fala-me da música que flui no teu coração
Canta-me o afecto que rima na nossa canção

Abraça a dança que nos ressuscita a alma
Saboreia da ternura que nos alegra e acalma
Afasta as más-línguas que geram a maldade
Viaja no comboio que atenua nossa saudade

Quero partilhar os meus sonhos e ambições
Transformar os nossos desejos em emoções
Recordando aqueles tempos da juventude
Quando vivíamos na inocência e na virtude

Abrir as cartas românticas que eu te escrevia
Reler as esperanças de amor que te prometia
Poder "surfar" nos desígnios da nossa razão
E continuar a repousar no leito dessa paixão

Vem comigo ver as estrelas e vamos sonhar
Abre o teu espírito e teu coração para amar
Serei para ti tudo o que a natureza me deu
Aceita-me como sou e realiza o sonho meu

© Afonso Domingues 


DEDICAÇÃO E AMOR 

Vou eternizar nosso sublime momento
Preservando o teu sorriso pelo tempo
Por de lado o tolo orgulho e a vaidade
Segredando-te sempre toda a verdade

Usar da minha filosofia e experiência
Na luz do conhecimento e da vivência
Enlaçar o espírito da oportunidade
Abraçar em ti a minha louca saudade

Evitar a raiz do desaire e da desilusão
Alimentar apenas a verdadeira paixão
Expulsando de nós a angústia e tristeza
E ficar somente com a nossa certeza

Peço-te que absorvas o meu sentimento
Minhas palavras não se percam no vento
Quando te declamo a minha poesia
E bebo nos teus lábios a doçura e a melodia

Deixa entrar um raio Sol pela nossa janela
Desperta-me com a tua voz tão doce e bela
Revelando-se assim com todo um clamor
Uma tão ambicionada dedicação e amor

© Afonso Domingues 


 DIZ APENAS QUE ME AMAS 

O passado foi terreno estéril e sem encanto
Presente é o mais árduo trabalho do campo
Vamos evitar as maldades desse reles Mundo
E venha o nosso futuro próspero e fecundo

Quero ver o brilho dos teus olhos amendoados
Saborear teu paladar nos teus lábios beijados
Nossos sonhos se realizem constantemente
A doçura e a ternura sejam diárias na gente

Dançar pelas ruas em noites iluminadas de luar
Passear descalços e sorrir pelas areias do mar
Viver a musica da nossa paixão para sempre
Manter o coração quente e frescura na mente

Olhar em frente com os cabelos ao vento
Ir para onde nos levar o pensamento
Sentir no teu corpo a temperatura desse calor
E gozar os afectos do nosso imaculado amor

Cantar bem alto e divulgar os sentimentos
Recordar as ternuras e reviver os momentos
Vamos dar azo à fantasia das nossas chamas
Olha-me nos olhos e diz apenas que me amas

© Afonso Domingues 


MULHER SENSUAL 

O teu olhar lânguido é demais guloso
Para desespero do mais atrevido e airoso
Esse teu desejo quente sempre latente
Descobre os teus devaneios em mente

Provocas imensos desejos alheios
Para tal não te poupas nem olhas a meios
Sufocas assim qualquer coração
Enches o Mundo de vontade e emoção

Expões toda a tua voluptuosidade
Assaz bela, apesar da sábia idade
Porque nessa sensualidade madura
Pões as jovens sem igual sem compostura

Todas as mulheres te invejam pelo brilho
Ofuscas a sua vaidade és o empecilho
Dominas a paixão com o teu fervor
O teu denominador comum é o amor

Esse lindo sorriso é uma perfeita sedução
Os teus doces lábios são a minha perdição
O teu inconformismo é um dom natural
Oh ! Mulher lutadora, mulher sensual

© Afonso Domingues


DOCE ENLACE 

Lembranças de paixões passadas
Lágrimas vertidas por ilusões goradas
Estrelas cadentes que cruzaram o luar
Mulheres fúteis que não queriam amar

Coisas de outrora e ténues rumores
Águas passadas não moveram amores
Quero o presente e o futuro abraçar
Morar em teu corpo e no teu belo olhar

Vem tu espantar as minhas tristezas
Fortalecer a paz e as minhas certezas
Trazer a felicidade ao meu coração
Viver a meu lado a euforia da paixão

Guardiã e cúmplice dos meus anseios
Sorriso perfeito dos meus devaneios
Senhora das minhas rimas perfumadas
Cinderela das minhas noites sonhadas

Tu que semeias as minhas inspirações
És parceira nas nossas quentes emoções
Cobrirei de beijos a tua esbelta face
No aconchego do nosso doce enlace

© Afonso Domingues 


PRIMÓRDIOS DE PAIXÃO 

Campos de espantalhos e cataventos
Pra espantar os espíritos e os transeuntes
Avisam os viajantes que ali em frente
Também há pessoas e mora gente

Geringonças feitas de velharias e de latão
Por mãos hábeis com carinho e emoção
Carreiros estreitos para os passeantes
Também servem de excursão aos amantes

Tardes domingueiras bem passadas
Uma pausa numa sombra das estiradas
O beijo roubado e colhido na face corada
Aquele olhar furtivo de gente enamorada

Um intencional e disfarçado roçar de mão
De fazer sentir um estremecer de coração
Esses amores com muita juventude e beleza
Por verdejantes prados de carinho e pureza

Sonhos retidos duma vida que não regressa
Momentos apaixonados e levados sem pressa
Foram tempos que ficaram na recordação
E nos primórdios duma arrebatada paixão

© Afonso Domingues 


INOCENTE OU CULPADO 

São controvérsias do quotidiano
Objectos da indignação e engano
Conceitos que ferem os corações
Contradições que devastam paixões

O choro é sentido no silêncio da alma
Onde nenhum gesto ou palavra acalma
Um desgosto assola pela mente
O estado de espírito cruel e descontente

A saudade é vivida num íntimo triste
O orgulho sempre de espada em riste
De nada adianta proferir belos discursos
Já a reconciliação esgotou os recursos

Esgotam-se os perdões e as desculpas
E ninguém está isento de culpas
Todos se pensam donos da razão
Magoa-se sem pesar ou compaixão

Controvérsias traçadas pelo destino
Onde tudo é confusão ou desatino
Fica difícil ser ilibado e perdoado
Onde alguém é inocente e é culpado

© Afonso Domingues 


RASCUNHOS DE PAIXÃO 

Ais de amor quem nunca os proferiu
Por um amante furtivo que já partiu
Foi desilusão num dilema arrasador
Situações de desencanto e de dor

A vida segue com marcas na alma
Num desatino que nunca se acalma
As feridas profundas vão sarando
Num espírito que se vai acalmando

O tempo vai apagando a saudade
Soa um falso espírito de liberdade
Heis que novas promessas virão
E vem outra vez a fingida ilusão

O corrupio segue até à eternidade
Esgotando-se a vida pela idade
Perderam-se os melhores momentos
Em mesquinhices e contratempos

Ficam meras e saudosas recordações
Doces instantes coroados d´emoções
São passagens que jamais voltarão
Sobram apenas rascunhos de Paixão

© Afonso Domingues 


DIFÍCEIS AMORES 

Sim, confesso, é verdade que eu amei
Cometi loucuras que já nem eu sei
Amei muito para além do impossível
Sem ser visto como homem credível

Tive sonhos e fiz trinta por uma linha
Tudo para desatino e desilusão minha
O meu amor foi único e sempre infinito
Acreditei na bondade e colhi um mito

Hoje sofro pelas impiedosas mazelas
Fruto dos conflitos e outras querelas
Mas o meu amor continua bem latente
No meu débil coração e na minha mente

Sempre lutei por essa saudável emoção
Apostei todos os recursos nessa paixão
As inglórias batalhas me destroçaram
Mas nunca meus sentimentos mudaram

Desmorona-se o Mundo e nada me move
Um futuro que não me prende ou comove
Mas meu destino já existe e está traçado
O amor chegou e deixou-me apaixonado

© Afonso Domingues 


DAMA DE MEUS DEVANEIOS 

Colhi malmequeres para te oferecer
Vi no teu rosto o tão imenso prazer
Vislumbrei a alegria do teu olhar
Escutei no teu coração aquele pulsar

Virei as costas à angústia e à tristeza
Senti no teu semblante a minha certeza
Nos teus lábios saboreei essa doçura
E no teu sorriso uma suave ternura

Sonhei de noite as minhas fantasias
Despertei banhado em doces magias
Corri ao Sol e vi teus cabelos dourados
Percorri os nossos momentos amados

Já vivi tempos de negra escuridão
Buscava no fundo da alma uma paixão
Hoje apesar da minha madura idade
Estou a gozar os louros da felicidade

Desejo proteger-te das vis maldades
Atenuar a nostalgia das saudades
Quero ser o guardião dos teus receios
Oh! Bela dama dos meus devaneios

© Afonso Domingues 


PRINCESA DO MEU CORAÇÃO 

Ter um Reino ou Corte é mera fantasia
São pensamentos fúteis ou demagogia
Possuir uma Princesa já será normal
É poder usufruir dum bem valioso e real

Muitas plebeias almejaram o lugar
A sua maioria nem sequer sabia amar
E neste principado vive-se paixão
Muito acima de qualquer mito e ilusão

Os dias são colhidos com determinação
Contados com muito prazer e sensação
Os carinhos são desfrutados sem medida
Já fazem parte do nosso amor e da vida

Poderei comprovar que a sorte me sorriu
Nesta doce felicidade que me surgiu
Digna dos meus olhos e do meu viver
Enaltece o meu ser de alegria e prazer

E num misto de ternura e de bondade
Fez-me experimentar a luz da saudade
Ela preenche a minha alma com emoção
Oh! Majestosa Princesa do meu coração

© Afonso Domingues 


NOITES QUENTES 

Quando já crepitam as rubras lareiras
E já ascende a sombra pelas ladeiras
Vão sendo horas de regressar ao lar
E do substancial e bem regado jantar

A sublime donzela no seu esplendor
Entre um sorriso e uma taça de licor
Aquele afago doce e encantador
Um beijo molhado e cheio de amor

Nada como uma verdadeira emoção
Enquanto se escuta uma bela canção
Serões carregados de ternura e carinho
Aquecem os corpos e abrem caminho

Para a divertida noite que vai continuar
Num tempo tranquilo para descansar
Assim se vivem momentos do coração
Numa paz que fomenta a serena paixão

Serões passados e vividos com alegria
Num ambiente sublime e de pura magia
Quando os corações ficam contentes
A satisfação destas nossas noites quentes

© Afonso Domingues 


PAIXÃO DA MINHA ALMA 

A tua presença dá-me força e alento
Reforça o estado do meu sentimento
A magia do teu maravilhoso olhar
Transmite-me energia pra continuar

A tua beleza é inigualável e ímpar
Num rosto tão formoso e singular
O teu sorriso é único e deslumbrante
Possui o desejo de qualquer amante

A tua nítida voz é doce e cristalina
Faz lembrar as palavras duma menina
O teu imensurável carinho e ternura
Ultrapassam todo o fulgor e doçura

Vem pra mim minha princesa adorável
Encosta a mim o teu ser admirável
Vamos unir os nossos corações
E assim alimentar as nossas paixões

Podemos viver nosso amor de verdade
Sentir na alma o sabor da felicidade
Como uma brisa que me serena e acalma
És a perfeita paixão da minha alma

© Afonso Domingues 


 CANÇÃO DA MINHA ALMA 

É por capítulos de sonetos e melodias
Que me revejo no amor dos meus dias
Trago à praça a rima dos meus poemas
Convertendo em versos os meus temas

Percorro a minha cidade de par em par
Sempre radiante da vida e a cantarolar
Espero na esquina pela minha amada
Vem cada vez mais bela e apaixonada

Caminha a meu lado tão maravilhosa
Ofereço-lhe um doce beijo e uma rosa
Agradece com uma caricia perfumada
Gesto duma mulher distinta e educada

Caminhamos com destino ao nosso lar
Seguimos assim acelerados para amar
Ela trouxe a mim a alegria e o fervor
Jamais poderia existir sem este amor

Experimentei o doce sabor da paixão
Uma mulher que me devolveu a razão
Apenas a voz dela me seduz e acalma
É a primorosa canção da minha alma

© Afonso Domingues 


POEMA MEU

Desperto simplesmente inspirado
Nunca sei se foi por ter sonhado
Talvez fosse o espírito benfeitor
Que trouxe saudades do meu amor

Verto no papel o que me vai na alma
Acordo o coração que nunca acalma
Sinto o calor da minha amada em mim
E escrevo pilhas de páginas sem fim

Se for este o meu rosário ou destino
Estarei a viver fantasias de menino
Sacudindo os labirintos da recordação
Traçando as linhas da minha paixão

Apanho as palavras do meu caminho
Rimo as letras com afecto e carinho
Início com ousadia a minha aventura
Compondo versos de suave ternura

Um dia alguém vai ler a minha poesia
Descobrir os motivos da minha alegria
Escrever foi um dom que me acolheu
E ofereço ao Mundo um poema meu

© Afonso Domingues 

DESABROCHAR AMOR

Nasci pobre mas educado
Num berço mal-amanhado
Às adversidades sobrevivi
Eu lutei, estudei e aprendi

Já pelo Mundo eu vagueei
Como vagabundo eu sei
Nunca um amor procurei
Porque eu sempre o receei

Era homem triste solitário
Cansado deste meu calvário
Queria ter um amor ameno
Tão verdadeiro como sereno

Não era fácil nem impossível
Talvez alcançável e atingível
Conseguir uma paixão assim
Eu queria um amor para mim

E foi numa bela Quarta-Feira
Andava sem eira nem beira
Algumas mágoas no coração
Tão desolado e sem Paixão

Deixei correr a imaginação
Percorri os sonhos da emoção
Com coragem colhi uma flor
Desabrochei-a e vi o amor

© Afonso Domingues


VOLTEI A AMAR 

Sou como um cavaleiro andante
Amigo, sensível até apaixonante
Tenho o segredo do amor comigo
Queria fazer a minha vida contigo

Pois eu canto às estrelas e até á lua
Num carinho meu e uma ternura tua
Faço da vida uma festa e uma canção
Ando só e aprisionado pela paixão

Chego com todo o amor para te dar
Espero apenas que o saibas alcançar
Se hoje eu errei, não foi por querer
Talvez seja o meu coração a tremer

Nunca falei do meu amor aos arcanjos
Também nunca vesti a pele dos anjos
Um homem simples é o que eu sou
Nenhuma mulher meu amor levou

Meu amor é forte, mas é reservado
Sempre aguardou o coração amado
Esta minha espera foi bem dolorosa
Sempre na busca da mulher amorosa

Penso que foi agora que a encontrei
E que desta vez eu sempre amei
Só quero os meus sonhos realizar
Desejo ser feliz e poder amar

© Afonso Domingues


SOMOS AMOR 

Os olhares claros e afectuosos
E beijos atrevidos e deliciosos
Boneca de porcelana e marfim
Num aroma de rosas e jasmim

Seu sorriso belo e apaixonado
Num corpo esguio e ondulado
Um raio de sol a minha alegria
Visão de sonho ou pura magia

Sinto o carinho dum sussurrar
Sua voz o meu suave despertar
Senhora sublime e voluptuosa
Tanto delicada como amorosa

Mágicos anseios em felicidade
Trocando carinhos pela cidade
Passeando juntos pela calçada
Atirando amor à minha amada

Chilreiam pardais em sintonia
O nosso perfeito nascer do dia
Sentimentos de amor e paixão
Doces desejos do meu coração

© Afonso Domingues


JUNTOS EM NÓS 

Neste sensual ritual de amar
Em teu corpo eu quero estar
E saciar-me com teus beijos
Conservando meus desejos

Vem divagar sonhos queridos
Possuir meus loucos sentidos
A nossa paixão experimentar
Vem comigo nestas asas voar

Com muita loucura e ousado
Mas que seja sempre amado
Permaneça tão belo e natural
Tão deslumbrante e abismal

Que fique eterno o nosso fado
Nem que seja um doce pecado
E que este Mundo me perdoe
Que me oriente ou me atordoe

Que seja perpétuo ou infinito
Este nosso sonho assaz bonito
Tão verdadeiro e tão concreto
O nosso sublime amor secreto

© Afonso Domingues


HÁ DIAS ASSIM 

Dias bons e maus quem os não tem
Vestimos as mágoas do desdém
Partimos em busca do nosso futuro
Neste mundo maldoso e duro

Recuperamos a coragem e o juízo
Vestimos o nosso melhor sorriso
Levamos na bagagem a esperança
De melhores vidas e de mudança

Por vezes apetece-nos partir
Outras nem nos apetece sorrir
Mas esta vida não é um jardim
Agiganta-se uma nostalgia sem fim

O sofrimento é difícil de esconder
E já nada nos devolve o prazer
Tentamos camuflar a nossa dor
Pensamos muito no Amor

O estado de espírito pode mudar
Mas a nossa alegria teima em voltar
A melancolia ataca o nosso ser
Perdemos toda a razão de viver

Apodera-se de nós enorme saudade
De uma vivência com muita idade
São as peripécias da vida, enfim
No mapa do destino há dias assim...

© Afonso Domingues


SUAVE HARMONIA

Silêncio que ensurdecem
Teias que as gentes tecem
Em melodias de harmonia
Assim devia começar o dia

São bocas abertas de gralha
Mais as línguas de metralha
Não inventem desassossego
Pratiquem amizade e apego

Com muitas invejas e ódios
É como pássaros em pódios
Gente sem nexo e sem juízo
Quando o afecto é o paraíso

Passo a vida e os meus dias
A escrever versos e poesias
São sentimentos do coração
Momentos de muita paixão

Que a vida seja uma canção
Repleta de ordem e emoção
Damos vivas ao compositor
Compondo baladas de Amor

© Afonso Domingues


DESPERTAR SAUDADES

Foi um dia que demorou a passar
Cheio de memórias para recordar
Vieram os sonhos e sentimentos
Para lembrar os bons momentos

Divaguei as fantasias pelo jardim
Senti-te por instantes junto a mim
Trilhei pelo espírito da imaginação
Colhendo as loucuras da emoção

O Outono veio gelado e chuvoso
Num tom áspero pouco amoroso
Chegou a Noite e também o luar
Incitando minha alma para amar

A imaginação galopou caminhos
No conforto da lareira os carinhos
Nasceram estrelas para me guiar
Desde as montanhas até ao mar

Escutei belas melodias e baladas
Com versos e rimas declamadas
As saudades acordaram a paixão
Despertando desejos do coração

© Afonso Domingues 


ALMA APAIXONADA 

Sinto no ar que me escorregas
Meu coração pernoita às cegas
E refugio-me nos meus medos
Foges por entre os meus dedos

Lanço pragas ao vento e ao mar
Faço perguntas ao Céu e ao luar
No peito experimento a emoção
Atiço as brasas da minha paixão

O que saboreio é o cruel e duro
Paladar insípido do meu futuro
Vejo o momento desgovernado
Num ávido desejo de ser amado

Pressinto na brisa um acre odor
Que afasta de mim o meu amor
Na fatal contenda eu desespero
Receio perder o que mais quero

Chegou sem intenção e inocente
Apenas um pesadelo envolvente
Nesta noite tranquila e estrelada
Desejo ver tua alma apaixonada

© Afonso Domingues


CARÍCIAS DE LUAR 

Não te sonho como distante
Revejo-te no nosso instante
Não te alcanço na escuridão
Eu só te sinto nesta emoção

Caminho numa noite serena
Mais fria e tão pouco amena
Colando o teu corpo ao meu
Quando o meu coração é teu

Como as belas vagas do mar
Ou claridade que vai no luar
A nossa ternura vem a favor
Transporta toda a luz e amor

Imagina tudo o que puderes
Desconfia doutras mulheres
Não cheguei pra atormentar
Vim com missão de te amar

Que os serões sejam caricias
Brincadeiras e mais malícias
Nos tragam ternura e poesia
Até nossa paixão nascer dia

© Afonso Domingues


TRAZ A MIM A PAIXÃO

A tua boca o teu doce beijar
Deixa uma bela poesia no ar
Tal como uma simples magia
Teus olhos brilham de alegria

Céu estrelado e noites ao rol
Nascem madrugadas de Sol
E quando nós vamos passear
Entoamos o Amor ao passar

Em dias de frio o aconchego
Muito me encanta esse apego
Aquela volúpia toda a chegar
Esperando teus lábios provar

Desejo d´amar até à loucura
Saberá a mel sublime doçura
Tocam-se os corpos ao luar
Causando êxtase de arrepiar

Saborear o teu beijo molhado
Sentir na pele teu corpo suado
Ter-te coladinha no meu peito
Num sonho mais que perfeito

Teus beijos tocam-me na alma
Naquele jeito que me acalma
Vivo em ti o feitiço e emoção
Traz a mim a maravilhosa paixão

© Afonso Domingues


É AMOR

Não é como inertes pedrinhas
No fundo dum riacho lisinhas
Limadas por cristalinas águas
É verdadeiro e sem mágoas

Não é um delírio do momento
Ou uma fantasia solta ao vento
Suplanta a lascívia ou pecado
Foi pelas estrelas iluminado

Mais que o mero gozo carnal
É uma pura dedicação divinal
Suportada pelo mel da doçura
Voa no teu corpo com ternura

Um sorriso teu é felicidade
Enche-me o espírito de vaidade
Por doces devaneios mergulho
Invade-me a alma de orgulho

Dedicando-te tudo que eu sou
Distinto tesouro que eu te dou
Numa torrente de louca paixão
Eu ofereci-te o meu coração

Veio carregado de intensidade
Viaja nas asas da sensibilidade
Como uma leve lufada de calor
Ele será eterno, porque é amor

© Afonso Domingues


FLASHES DE SONHO

Acordei com a claridade
Despertei na felicidade
Foi um belo amanhecer
Com ternura e com prazer

Fui visitar a bondade
E vagueei pela cidade
Honrei o maravilhoso dia
Adorei a companhia

Senti seu afecto e alegria
Concebeu-se magia
Provei do seu carinho
Gozei com cada miminho

Abracei aquele calor
Ela emanou o seu amor
Foram flashes que sonhei
Momentos que delirei

Aquele sorriso d´encantar
Os seus lábios para amar
Tantas vezes que a beijei
Doces instantes que amei

© Afonso Domingues


ANOITECE AMOR

Prados de margaridas pintados
Sorrisos belos dos enamorados
O Sol sobe pela colina cansado
Já a Lua se despede do amado

Pela cidade desce o entardecer
Suspiros de afectos e de prazer
Os casalinhos regressam ao lar
Iluminados pela bênção do luar

As almas desapertam emoções
Trazendo alegria aos corações
O amor sente-se na brisa do ar
Está uma bela Noite d´encantar

Brilham estrelas na constelação
Com magia de ternura e paixão
Nos gestos os suaves carinhos
E dos lábios os doces beijinhos

Investes vida na minha loucura
Semeias o teu sorriso e doçura
És mulher de coragem e beleza
Minha alegria e minha Princesa

© Afonso Domingues


 PRECISO-TE

Sinto a falta da tua doçura
Tantas saudades da tua ternura
Da tua voz timbrada e melodiosa
E do teu perfume de rosa

Dos olhares doces e carentes
E das tuas risadas estridentes
Das brincadeiras que tivemos
Das caricias que nós demos

Do teu afecto e do teu carinho
Dum sorriso e dum miminho
Só eu sei o quanto preciso de ti
E desses momentos que já vivi

Das alegrias que vamos viver
Do futuro que vamos escrever
Daqueles abraços bem apertados
Dos teus beijinhos molhados

Dos poemas que te escrevi
E de tudo que eu já senti
Do teu permanente fervor
Da tua paixão e do teu amor

© Afonso Domingues


TENHO SAUDADES

Saudades de toda a maneira
dos afagos e da brincadeira
Nossos devaneios planeados
ou aqueles delírios sonhados

Da tua cativante companhia
dos teus sorrisos de alegria
Nosso delicioso café matinal
simples ritual ou vício banal

Das partidas sem maldade
dos suspiros de felicidade
Das caminhadas e passeios
e dos nossos débeis receios

Daqueles flashes e instantes
da nossa ternura de amantes
De todos afectos e carinhos
até dos teus doces beijinhos

Daquelas caricias de emoção
que fazem palpitar o coração
Teu agradável perfume a flor
de tudo que me lembra amor

© Afonso Domingues


DEMORASTE AMOR 

Fui aquele que olhaste e nunca viste
Minha alma doce que te sumiste
Nas décadas do meu auge te precisei
Por ti procurei, sofri mas nunca amei

A minha espera por ti foi dolorosa
Coroada por espinhos da selvagem rosa
Imaginava-te no rosto de toda a gente
Sempre na fé do meu espírito crente

E nesta vida tão desencontrada
Fizemos a nossa triste caminhada
Onde a esperança foi sempre presente
No meu coração frágil e na minha mente

Vem agora tu que me encontraste
Diz-me nos olhos se não me amaste
Mas porque praguejar palavras ao vento
Para arrebatar o meu contentamento

Há demoras que o tempo amadurece
E o verdadeiro amor nunca se esquece
Quando a verdade já está escrita
Como destino desta paixão infinita

© Afonso Domingues            


 SONHO ATREVIDO 

Está escuro é o romper da aurora
Chove de mansinho lá fora
Estás absorvida na letra duma canção
Sentes instantes de genuína atracção

As mãos na cintura que ternura
Tua silhueta uma sensual loucura
Descendo pelas coxas voluptuosas
Sedenta dum banho de rosas

Num momento de êxtase divino
Nesse teu Mundo pequenino
Mulher que tens o vigor do amor
E que sentes esse suave calor

Lança às nuvens um olhar de paixão
Grava nas estrelas essa emoção
Para pintar a recordação numa tela
E eis que alguém bate á janela

Quem foi arauto de tal atrevimento
Talvez fosse a chuva ou até o vento
Despertas do teu mágico sono
Esfumando-se o teu sonho

© Afonso Domingues 


DOCES DEVANEIOS 

São como dádivas os beijos teus
Os lábios coladinhos aos meus
Teus afectos doces tão divinais
Com teus carinhos me encantais

Minha companheira e amante
Eu em ti me revejo excitante
Naquele leito de longas noitadas
As pernas em tesoura levantadas

E nos nossos corpos já suados
Na quente simbiose entrelaçados
Teus seios colados no meu peito
Sempre com o devido respeito

A ti mulher bela que me amais
Eu queria dar-te muito mais
Podia até oferecer-te a Lua
Seria uma promessa nua e crua

Quero ser sensato nesta emoção
Segurar as rédeas da minha paixão
Impossíveis que não posso dar
Dou-te o meu coração para amar

© Afonso Domingues 


DESEJO DE AMOR 

Quem não teve a sua dose de loucura
Ou os seus momentos de amargura
Esse intenso estado de graça ou torpor
Naquele inevitável desejo de amor

Mas dessas realidades eu bem sei
Por eu já ter amado o quanto amei
E sempre guardei bem esse segredo
Não por haver receio ou por ter medo

Pois é preferível que ninguém veja
Para não gerar discórdia ou inveja
Desejo que tudo seja maravilhoso
Quero sentir-me livre e orgulhoso

Hoje sei que nada mais poderá falhar
E já ninguém me vai poder silenciar
Então poderei contar o quanto passei
Foram emoções que sempre guardei

Belos e românticos devaneios em flor
A maravilhosa paleta de ternura e cor
Desígnios de vigorosa alegria e paixão
Conservados diariamente pelo coração

© Afonso Domingues 


AMOR SUBLIME 

Sintonia de almas não são coincidências
Talvez simples destinos e meras evidências
Quando o amor nos visita é um fatal dilema
E entoa nos ouvidos como um belo poema

Baladas de satisfação em ondas de magia
Melodias de prazer com brisas de alegria
O ser humano sensato sabe prezar o amor
Consegue entregar-se com paixão e fervor

Também quero esse dom maravilhoso
Na fronteira da ternura e assaz fervoroso
Quero sentir o estado da plena felicidade
Gozar sempre dessa primorosa fatalidade

Mas eu não quero um amor qualquer
E apenas o amor sublime duma mulher
Desejo um amor transcendente e divino
Para dar cumprimento ao meu destino

Seja transcendente cada olhar apaixonado
Um sabor de felicidade no coração amado
Como um sorriso no amor duma Princesa
Que sempre manteve a minha chama acesa

© Afonso Domingues


SENSUAL DEVANEIO 

Emoções libidinosas no seu apogeu e limite
Os desejos de carinho num ousado apetite
Instantes de pecaminosa e audaz excitação
Num poético rimar de intenções e agitação

Os corpos nus e escaldantes já transpirados
Fazem as delícias e o gozo dos enamorados
As lingeries rendadas tão finas são sensuais
Transformam os humanos em puros animais

Os catres rangem ao sabor doutros gemidos
Abanam reposteiros nas janelas estendidos
Consuma-se no êxtase dos pares envolvidos
A sublime exaltação desses prazeres retidos

Talvez com sorte possa tal amor sobreviver
Perante esta entusiasmante fonte de prazer
Valhamos uma façanha tão deliciosa assim
E a adorável tentação jamais cheque ao fim

Todos os sonhos sejam docemente realizados
Para completo prazer dos seres apaixonados
Que este sensual devaneio fique abençoado
E o divino estado de embriaguez seja louvado

© Afonso Domingues 


PROCUREI-TE 

Procurei-te nos mares imensos
Nas vagas dos oceanos extensos
Por inúmeras estrelas cintilantes
Muito além das galáxias distantes

Percorri todos os vastos continentes
Conheci desiguais multidões e gentes
Rebusquei nas melodias das canções
Experimentei o chorar dos corações

Andei à deriva infelizes anos a fio
Desembarquei nas praias do teu rio
Encontrei-te em territórios alheios
Passeavas por fantasias e devaneios

Em caminhos pouco frequentados
Por itinerários e trilhos apagados
Distante dos meus sonhos e anseios
O pior dos meus pesadelos e receios

Porém eu conquistei-te mesmo assim
Sem saberes até tu esperavas por mim
Não foi fácil encontrar teu belo sorriso
Que me acalma e me faz perder o juízo

© Afonso Domingues 


ENCONTREI-TE 

Encontrei-te num abraço de ternura
Num despertar de absoluta loucura
Dia de Sol doce, cálido e abrasador
E uma brisa farta de carinho e amor

Foi um encontro de luz e de esperança
Numa presenteira manhã de mudança
Um presságio para um futuro risonho
Para uma vida de magia e de sonho

Momentos de serena luxuria e de lazer
Temperados com a sedução e o prazer
Para um uma paixão que me faltava
Fugindo duma atrevida que não amava

Não se tratou de vingança nem castigo
Mas somente a falta dum ombro amigo
Mistérios vindos do interior do coração
Na simples procura do afecto e paixão

É a busca de bem-estar e de felicidade
Nesta já adiantada e ainda flor da idade
Assim, como sem querer encontrei-te
E num primeiro encontro eu Amei-te

© Afonso Domingues 


FICA COMIGO 

Num bem-querer de emoção
Mulher amada a minha canção
Um noite contigo ao luar
Ouvindo apenas a poesia do mar

Admirar o teu sorriso o teu traço
Tempo maravilhoso no teu abraço
O meu coração sente a magia
Minha musa e divina alegria

Quero amar uma alma assim
Naquele olhar que nasceu pra mim
Naquela recatada e bela enseada
O nosso colchão de areia dourada

Um ar romântico e salgado
Selado no nosso beijo molhado
As nossas melodias adoradas
Pelas nossas gargantas cantadas

Desejo ser a luz do teu Universo
Gravar nas estrelas um lindo verso
Vem proteger-te no meu abrigo
Abandona o Mundo e fica comigo

© Afonso Domingues


CRUEL SAUDADE 

São madrugadas no teu acordar
Um Paraíso que desejo sonhar
Quando aquela melancolia atroz
É uma esperança pela tua voz

Aquele relógio que para no tempo
Nesse contratempo dum dia lento
Não deslumbro a minha luz do Sol
Nem escuto o doce canto do rouxinol

Uma demora cruel e desesperante
O ténue sofrimento dum amante
Volto a embrulhar-me no lençol
Nessa malvada lentidão de caracol

É mágoa que impede a felicidade
Num profundo mar de ansiedade
Vou ao jardim e vejo-te numa flor
Recordo os momentos e o Amor

Revejo nossos momentos passados
Aqueles olhares tão apaixonados
A Paixão não merece tanta impiedade
Que desagua em tão cruel saudade

© Afonso Domingues                                                            


UM SONHO MEU 

A vida corre ao sabor do tempo
Soltando vontades e desejos ao vento
Os humanos nasceram da liberdade
Despidos de etiquetas e de vaidade

As oportunidades têm de ser abraçadas
Não se recuperam águas passadas
Escapando aos pesadelos do momento
Só se deseja um amor doce e atento

Não se pode exigir o Sol nem a Lua
Ou tão pouco um palácio em cada rua
Venham apenas riquezas divinas e triviais
Cheias de instantes mágicos e espirituais

Sonhar faz parte da nossa existência
Queremos uma paixão com essência
Volte esse coração repleto de beleza
A palpitar no coração duma Princesa

Quero sentir na alma tamanha emoção
Levar para a posterioridade esta paixão
E poder desfrutar desse apogeu
Concretizando assim, um sonho meu

© Afonso Domingues                                                            


 QUERO-TE 

Para que vamos nós questionar
Este nosso lindo e simples amar
Quando eu apenas te quero a ti
Desde aquele instante que te vi

Sonho unir os nossos desejos
Sentir a doçura dos teus beijos
E envolver-me no teu sorriso
Até perder a razão ou o juízo

Só tu me consegues serenar
É como escutar as ondas do mar
O que domina o coração da gente
Nasce na alma e vive na mente

Desejo confessar que te-quero
Vamos agora recomeçar do zero
Ultrapassar esses tontos receios
E conquistar os nossos anseios

Vejo o teu olhar belo e desejável
Numa forte paixão incontrolável
Fico num estado alegre e contente
Porque eu Te-Amo loucamente

© Afonso Domingues


AMO-TE 

Posso ser um louco desenfreado
Tão imprudente como obstinado
Abraça comigo a nossa felicidade
Afasta de nós o cálice da saudade

Que me queres dizer minha amada
Aí nos meus ouvidos abraçada
Quero sussurros quentes na alma
E aquele carinho que me acalma

Aconchega-te segura no meu leito
Vem sentir os delírios do meu peito
Escuta o bater dos nossos corações
Preenche o meu corpo de emoções

Permanece comigo nesta loucura
Recebe de mim o êxtase da ternura
Vamos aproveitar o brilho do luar
Passear de mão dada à beira do mar

Pode nem haver Sol na nossa rua
Tenho no teu sorriso a minha Lua
E Amo-te agora tão perdidamente
Completa a nossa vida para sempre

© Afonso Domingues 


LEVAR-TE COMIGO 

Quem me dera ser o teu olhar                     
Teus sinuosos destinos trilhar
Viver uma alegre vida contigo
Fazer cessar este meu castigo

E poder-mos juntos navegar
Pela imensidão do azul mar
Atravessar pelo árido deserto
Para ter o teu amor por perto

Percorrer contigo o Universo
Dedicar-te uma rima em verso
Altas montanhas poder mover
Tão-somente para te merecer

Adorava ao teu lado acordar
Apreciar o teu doce despertar
Nas noites geladas te aquecer
E em teus sonhos poder viver

Eu só quero sentir a emoção
Viver os devaneios da paixão
Oferecer-te meu ombro amigo
E finalmente levar-te comigo

© Afonso Domingues 


VOU-TE RAPTAR 

Vou cometer a mais doce infracção
Aprisionar o teu ser e o teu coração
Tornar-te refém do meu carinho
Arrepiar na distância e no caminho

Penso em ti a todo o momento
Não quero prolongar o sofrimento
Desejo o meu espírito sossegar
E o teu aveludado corpo abraçar

Fugir contigo para longe daqui
Gozar momentos que nunca vivi
Poder teu lindo sorriso observar
Teus maravilhosos lábios beijar

Já foi tomada a minha decisão
Partilhar contigo a minha paixão
Pelo muito tempo que desperdicei
Desta oportunidade não abdicarei

Vou realizar tamanha diabrura
E avançar com a minha loucura
Quero prometer que te vou amar
Então vou-te simplesmente raptar

By Dom                                                            


MEUS SONHOS 

Quero voar o quanto puder
Na alma daquela mulher
Oferecer-lhe a luz da Lua
Passear abraçados pela rua

Pacificar meus pensamentos
Soprar meu furor aos ventos
Sacudir escusados receios
Realizar sóbrios devaneios

Viver celestiais fantasias
Partilhar ternuras e alegrias
Correr os limites da paixão
Segredar-lhe ao coração

Cativando suaves carinhos
Traçar os nossos caminhos
Sentir o seu suave fervor
Mostrar-lhe o que é o amor

Naquele olhar que acaricia
Um beijo doce e de magia
Cheio de desejos risonhos
E realizar os meus sonhos

© Afonso Domingues 


 DOCES FANTASIAS 

Aproveitar esta onda de calma
Pra saciar a sede da minha alma
Nos seus ternos lábios me afogar
E a minha voracidade alimentar

Percorrer os relevos da sua pele
Absorver o que o êxtase expele
E nesses deleites derramados
Realizar os desejos sonhados

Experimentar seu peito quente
E quando a beijo sofregamente
Ouvir seus gemidos abafados
Ficar com os lençóis colados

Sentir nossos corpos suados
Dos belos momentos gozados
Desfrutar o íntimo do prazer
E nessa aprazível paixão viver

Vem e faz-me enlouquecer
Ao beber o amor do teu ser
Tirar provento destas alegrias
E usufruir de doces fantasias

© Afonso Domingues              


TEMPO PARA AMAR 

Desde o momento que te contemplei
Vivi desse sorriso que sempre amei
E continuavas como nunca tão bela
Altiva e serena no alto da tua janela

Lancei-te uma fresca e vermelha rosa
Oh ! Que mulher sensual e formosa
Era um céu de estrelas brilhantes
Minha luz os teus olhos cintilantes

Mas sentia a nossa harmonia desafinar
Destoando de tudo e do meu cortejar
E apesar desses desalmados embaraços
Sonhava voltar a ter-te nos meus braços

Esvoaçando jardins como era dantes
Naquela época de alegrias e amantes
Poder beber nos lábios da minha flor
Transformar o nosso destino em amor

Vou guardar-te para sempre no coração
Mostrar-te os desejos da minha paixão
Ver teu sorriso e os teus lábios beijar
Nós ainda temos tanto tempo para amar

© Afonso Domingues                                                           


SORRISO QUE DESEJO

É por essa tua tez sedosa e acetinada
E pela tua majestosa cabeleira doirada
Pelos amendoados e brilhantes olhos
Ou os teus molhados beijos aos molhos

Essa tua forma nobre de ser e de estar
Esse teu carinhoso jeitinho d´abraçar
Um todo que faz o meu espírito vibrar
E deixa o meu pobre coração a pulsar

São sonhos e pecados na minha mente
Porque sou homem e também sou gente
Sou um ser sensível que também chora
Um irreverente cavalheiro que te adora

Numa lembrança mágica ou ilusória
De maravilhas que ficam na memória
Fazem-me esquecer o orgulho da idade
Envolvendo a minha alma em saudade

Trouxeste a força da razão e da emoção
Transmitiste-me as loucuras da paixão
Mas em ti o que mais admiro e almejo
É o fascinante sorriso que amo e desejo

© Afonso Domingues 


 CANARINHA DO AMOR 

Numa bela manha quando te vejo
Quase perco a voz e o solfejo
Estavas tu linda e maravilhosa
Vestias como uma amarela rosa

Envergavas classe e sensualidade
Naquele belo sorriso que te invade
Deixando-me surpreso e espantado
Como se não estivesse acordado

Quando vi a tua silhueta de encantar
Andasses nos meus sonhos a divagar
Afinal eras real e estavas ali comigo
Para te entregar o meu ombro amigo

O meu coração pulou de alegrias
Dei graças por aquele soalheiro dia
Apertei-te docemente contra mim
E que aquele êxtase não tivesse fim

Não interessa a cor que vens trajada
Pois serás sempre querida e amada
Eu sinto a tua felicidade e o teu calor
Porque és a minha canarinha do amor

© Afonso Domingues 


APRISIONASTE O MEU CORAÇÃO 

Vieste altiva trajada nesse belo sorriso
Devoraste a minha paz e o meu juízo
Fizeste-me ver poesias na constelação
Transformaste a minha vida em emoção

E quando o teu perfume me envolveu
Meu amor por ti alimentou-se e cresceu
Passei a sentir o teu carinho à distância
E arrasaste meu ego e minha arrogância

Aquelas promessas que foram trocadas
E nos beijos e nas caricias arrebatadas
Eu conquistei o teu nobre ser sem igual
Num Mundo que já era nosso afinal

Tinha de ter muita imaginação e arte
Porque a única solução seria amar-te
E se assim o fiz também o cumpri
Dedicando-te todo o amor que prometi

Sinto-me inundado por tanta doçura
Porque recebo de ti carinho e ternura
Tu que aprisionaste o meu frágil coração
Enches a minha alma de afecto e paixão

© Afonso Domingues 


QUERO-TE EM MIM

És o meu maravilhoso destino
Traçaste as linhas do meu caminho
És a musa da minha inspiração
Aquela que me aquece o coração

Espalha o teu perfume jasmim
Oh ! Bela flor do meu jardim
Superas minhas lágrimas e emoção
E transformas minha alma em paixão

Desperta em mim o meu viver
Deixa que eu te ame a valer
Permite que te beije a alma
Dá-me esse calor que me acalma

Transporta-me para o teu paraíso
Oferece-me o teu lindo sorriso
Transmite-me tudo que eu preciso
E faz-me perder o juízo

Concede-me um desejo final
E acorda-me num Mundo real
Ou fica no meu sonho até ao fim
Porque eu quero-te em mim

© Afonso Domingues 


MULHER AMADA

Quero expandir este amor imenso
Distribuir a paz do sentimento intenso
Desenhar nas estrelas a minha ilusão
Festejar as alegrias da nossa paixão

Desejo levar-te a ver o mar
Beijar os teus lábios sem te avisar
Apertar-te contra o meu peito
Sentir o teu respirar e o teu jeito

Atravessar as tempestades do mar
E viver momentos de arrepiar
Cortar a raiz dos cruéis pensamentos
Arremessar a maldade aos ventos

Mover impossíveis só para te ver
Segredar-te ao ouvido ao amanhecer
Abraçar o teu corpo sensual
Soltar o nosso instinto animal

Sentir o macio da tua pele acetinada
E fazer de ti uma mulher amada
Tantas coisas que eu planeio fazer
Como realizar os meus sonhos e viver

© Afonso Domingues 


 AMANHECER AMOR 

Que as nuvens do teu despertar
Te tragam a paz do teu sonhar
O raio de sol te acaricie com o calor
E o amanhecer seja de carinho e Amor

A ternura transborde no teu coração
E te leve nas frescas ondas da Paixão
O teu sorriso brilhe pelo universo
E os teus desejos rimem num verso

Que a brisa matinal sopre com calma
Te afague os lindos cabelos e a alma
Para que a jornada seja maravilhosa
Doce e suave como pétalas de rosa

O teu dia seja de afectos e de alegrias
Repleto de encantadoras magias
Os teus lábios recebam um beijo meu
Levado pelas brumas do meu apogeu

São as emoções no coração da gente
Guarda bem esses desejos na mente
Para sentires os meus sinais da saudade
E possas experimentar a felicidade

© Afonso Domingues 


ESPEREI POR TI AMOR 

Naveguei oceanos sem razão
Senti as ondas da tua paixão
Andei perdido no mar imenso
Escutei o teu chamar intenso

Transpus distâncias para te ver
Percorri tempestades para te ter
Afastei os fantasmas do universo
Transformei as palavras em verso

Acudi ao teu chamamento
Acarinhei-te no meu pensamento
Fiquei por ti enamorado
E pelo teu suspiro acalentado

Chorei no silêncio da emoção
Até fiz das tripas coração
Tudo para te conquistar
E na minha paz poder-te amar

Sem sequer sonhar que era o eleito
Travei batalhas no meu peito
Pernoitei magoado na minha dor
Mas sempre esperei por ti amor

© Afonso Domingues 


 VIVER PAIXÃO 

Vamos ter uma alegre existência
Marcar a nossa loucura e cadência
Cortar a raiz da desconfiança
Avivar a voz da fé e da esperança

Virar a página deste livro maçudo
Brincar ao Carnaval ou Entrudo
Regressar aos tempos de criança
Recomeçar sem dote ou herança

Iniciar a nossa vida dum nada
E traçar o nosso destino ou estrada
Soprar cânticos as estrelas e à Lua
Passear de mão-dada pela rua

Tocar e bater nas portas a correr
Surripiar frutas verdes pra comer
Lançar poesias aos sete ventos
Eternizar este amor pelos tempos

Sentir à flor da pele os calafrios
Cometer loucuras ou desvarios
Sacudir o orgulho e agitar a razão
Ignorar o Mundo e viver Paixão

© Afonso Domingues 


INOCENTES MALÍCIAS 

Esperá-la a caminho da escola
Ajudar-lhe a carregar a sacola
Roubar-lhe o beijo envergonhado
Querer ser o seu namorado

Chamar-lhe de menina feia
Atirar-lhe ao cabelo areia
Oferecer-lhe o lanche ao recreio
Tocar-lhe na mão com receio

Dizer-lhe que é uma sereia
Dançar juntos na festa da aldeia
Quem me dera repetir esse tempo
Correr juntos contra o vento

Vou recuar décadas atrás
Corrigir aquelas coisas más
Voltar a viver esse passado
Nesta vida de apaixonado

Vou pintar nosso amor às cores
Presenteá-la com lindas flores
Fazer-lhe aquelas doces carícias
Reviver inocentes malícias

© Afonso Domingues 


MENINA ESTÁS À JANELA 

Com teus cabelos ao vento
Contando as badaladas do tempo
E com o teu cariz tagarela
Mostras tua inocência tão bela

Do alto do teu convento
A provocar casamento
No teu aspecto aliciante
Tão sedutora e provocante

Suscitas aos rapazes alento
Crias-lhe mau pensamento
Como noites de núpcias sonhar
E outras que se podem imaginar

Vais incitando o transeunte
Ficas no teu ar sorridente
Teu sorriso como pano de fundo
Mostras a tua beleza ao Mundo

Num olhar atrevido ou decente
Sentes a voz do amor docemente
Assim encantadora e tão bela
Menina que estás à janela

© Afonso Domingues 


BELA ADORMECIDA 

Acordas no alto do teu pedestal
Com teu aspecto desnudo imoral
Desces vagarosamente do teu leito
Desvendas os desenhos do peito

Os teus contornos de rara beleza
Teu corpo duma sublime nobreza
As coxas suaves e acetinadas
Tanto de sedosas como torneadas

Tua linda lingerie veste a preceito
Sobressai a volúpia e o teu jeito
Deambulas lânguida pela divisão
Num andar altivo de provocação

Deslumbrante nesse teu despertar
Saída de sonhos e desejos de amar
Oh! Mulher libidinosa e sensual
Que transcende meu desejo carnal

Mergulhas no teu êxtase divinal
Esboças teu sorriso belo sem igual
Solitária numa paixão esquecida
A minha doce e bela adormecida

© Afonso Domingues 


MEUS DEVANEIOS 

Eu desperto num amanhecer violento
Sonhos ou pesadelos do momento
Olho em redor e não estás no meu leito
Não te vejo no aconchego do meu peito

Procuro-te pelas sombrias imediações
Preciso refrear as minhas emoções
Quero apenas sentir a tua respiração
Escutar as batidas desse belo coração

Desespero com essa ausência cruel
Desejava colher num beijo o teu mel
Fico triste por não te poder vislumbrar
E ali te poder carinhosamente amar

Eu sou um sonhador por natureza
Perdoa-me esta tão atrevida fineza
Mas sem ti eu nunca serei nada
Minha maravilhosa donzela amada

Permite que te arrebate um beijinho
Autoriza que sonhe ternura e carinho
Talvez sejam apenas delírios e fantasias
Princesa dos meus devaneios e alegrias

© Afonso Domingues 


SONHA MINHA MUSA 

Num ambiente digno e a condizer
Com as velinhas de aromas a arder
O ninho do deleite bem decorado
Aguardando pelo homem amado

A espera que recorda momentos
Foram promessas doutros tempos
Casamento divino e celestial
Aliança no dedo num dia especial

Expectante musa d´ancas douradas
Na penumbra belas e desnudadas
Vai bebendo uma taça de saudade
Aguardando pelo amor e liberdade

Ouve-se uma campainha estridente
E desperta do sono abruptamente
As fantasias novamente adiadas
Voltarão noutras noites sonhadas

São os desejos e as demais fantasias
Ou instantes com delírios e alegrias
Restando o soalheiro dia pela frente
Carregando aquele sonho na mente

© Afonso Domingues 


INOCENTES PASSAGENS 

A alegria no calor do Sol e do Verão
Os olhares lascivos e sorrisos ao serão
Momentos de puro e perfeito prazer
Dias de férias e inconfundível lazer

As festas e as romarias são emoção
O alarido das gentes e a satisfação
São guloseimas na bancada da feira
As escapadelas para o fundo da eira

O amor na juventude é pura loucura
Na adolescência uma incauta diabrura
Recordo-me do primeiro beijo roubado
Tanto de saboroso como de desastrado

Ainda vejo o olhar da primeira paixão
Doce e meiga e carregada de ilusão
Uma menina tão apaixonada e carente
Paixoneta breve com cariz inocente

Tudo termina com o sopro dos tempos
Ficam na memoria os doces momentos
E surge a partida para outras margens
Lembranças vividas e curtas passagens

© Afonso Domingues 


SUBLIME AMOR 

A noite seja boa conselheira
Iluminada, serena e altaneira
A luz do luar acaricie teu rosto
As estrelas satisfaçam teu gosto

O ser amado beije a tua alma
Atinjas o tenaz desejo e a calma
Desfrutes do teu gozo sonhado
E a satisfação do corpo afagado

Possas beber o cálice da paixão
Estremeças no calor da emoção
Alcances o auge da felicidade
E delírios que deixem saudade

Despertes ondas de agitação
Preenchas de alegria o coração
Que sejas bafejada pela magia
Da escuridão nasça a luz do dia

Que os teus desejos sonhados
Sejam docemente realizados
Os anjos intercedam a teu favor
Neste maduro e sublime amor

© Afonso Domingues 


FANTASIAS DE PAIXÃO 

Serão coisas tontas ou devaneios
Ou só aventuras de causar receios
E no intimo do teu lânguido ser
Encontras a alegre razão de viver

Usas aqueles acessórios sensuais
Guardados pra ocasiões especiais
Encobertos em sonhos atrevidos
Nos anais dos desejos escondidos

Queres controlar a lasciva euforia
Quando ele no teu pescoço mordia
Fugazes subterfúgios de arrepiar
Num maravilhoso e suave delirar

Entrelaças as tuas coxas sedosas
Em manobras doces e fogosas
Sentes o calor da volúpia a subir
E a tua luxuria prestes a explodir

As línguas teclam pela pele macia
Tocam loucuras até romper o dia
Mas tudo se realiza numa emoção
São genuínas fantasias de paixão

© Afonso Domingues 


FÚTEIS DESCONFIANÇAS

Das verdades todos gostamos
E desconfiamos de quem amamos
O ciúme corrói o ar que respiramos
Com desconfiança o amor matamos

A suspeita mata qualquer sonho
Cria um mal-estar medonho
Nasce daí um ciúme exagerado
Destruindo o mais perfeito ser amado

A confiança é o pilar da paixão
É a base de todo o amor e relação
Mantém a chama e a cumplicidade
Afastando a inveja e a maldade

Se no silencio pairar algum barulho
Tem de se erradicar o ego do orgulho
Encher os corações de bondade
Agarrar a maravilhosa felicidade

Procurar o caminho e a arte d´amar
Esquecer as desavenças e perdoar
Amando e alimentando esperanças
Abolindo as fúteis desconfianças

© Afonso Domingues 


BICADAS D´AMOR 

Um cumprimento envergonhado
A gentileza dum homem educado
Aquele olhar lascivo e penetrante
O tímido sorriso meloso e cativante

Aquele encontro quase coincidente
Bem elaborado pelas ideias da mente
Um bilhetinho esquecido por querer
Para ela poder saber e compreender

O quanto ele a deseja, admira e quer
Para sua amante e para sua mulher
Instantes que ficam em memória
Guardados pelos anais da história

São mistérios dum hábito milenar
Simples cerimónias de encantar
Para mais tarde se poder recordar
Este tão belo e sedutor jeito d´amar

Encenações de dança ou de bailado
Planos de um coração apaixonado
Onde todo o esforço é avassalador
Nestas tão simples bicadas d´amor

© Afonso Domingues 


DELÍRIOS D´AMOR 

Sonhos libidinosos são a constante
Com o actual enamorado ou amante
Venham as alegrias e os festejos
Haverá raparigas loucas de desejos

Esperando para serem cortejadas
Naquela avidez de serem amadas
Surgem promessas de casamento
A saciar as ambições do momento

São aqueles instantes de euforia
De poluída luxuria ou pura magia
Nascem as crianças antes do tempo
Os compromissos levados no vento

Os ideais e fantasias ficam gorados
E os lascivos carinhos exagerados
Vidas de insucessos e mal-amados
Ficando apenas os tempos gozados

Desejos sonhados ou apenas ilusões
Num reboliço de energias e emoções
Recebidos sem cerimónia ou favor
Benditos sejam os delírios d´amor

© Afonso Domingues


LEITO DE PRAZER 

Extremados e surreais devaneios
Deleites sem pavores ou receios
E no ardente aconchego do lar
Os rituais de sedução para amar

Abre-se uma garrafa de tinto vinho
Subterfúgios para aquecer o ninho
Naquelas noites de gélida invernia
Num fogo de amor e de harmonia

Danças de sedução e acasalamento
As fantasias próprias do momento
Num doce carinho sempre presente
Naquela utopia de desejo ardente

Entre os finos lençóis do colchão
Os corpos brilham de transpiração
A luxuria excede limites de lucidez
Beijos vorazes com ânsia e avidez

Os delírios de gozo e de imaginação
Com sorrisos de desejo e de paixão
Cruzadas que duram até amanhecer
Segredos que ficam no leito de prazer

© Afonso Domingues 


 AMOR DA MINHA VIDA 

Herdeira do meu ser e frágil coração
Possuidora da minha eterna paixão
Fruto dos meus desejos e fantasias
Donzela das minhas imensas alegrias

Dona dos meus instantes e tempos
Proprietária dos meus sentimentos
Companheira das noites de magia
Naquela suave brisa que me acaricia

És a minha única musa inspiradora
Uma linda mulher e nobre senhora
Culpada dos meus delírios atrevidos
E melhores momentos jamais vividos

Do teu corpo irradia a formosura
E o teu íntimo transmite a ternura
O teu sorriso deixa-me enamorado
E a cada dia mais apaixonado

Vem comigo viver os sentimentos
Usufruir maravilhosos momentos
Mulher deslumbrante e tão querida
Doce e nobre amor da minha vida

© Afonso Domingues 


ANJO MEU 

Aquele abraço com que me acolheu
E os adoçados beijos que ela me deu
Ergueram-me às nuvens para sonhar
E naquelas calmas ondas mergulhar

Foi naquele encontro repleto de amor
Num maravilhoso dia de sol e fervor
Que conquistei a serenidade perdida
E encontrei o amor da minha vida

Concretizei aquele sonho sonhado
De homem simples e apaixonado
Lancei as minhas poesias ao vento
Colhi as carências de tanto tempo

Apostei tudo nesse êxtase dourado
Tendo-me sentido querido e amado
Ofereci aos céus graças e louvores
Tão grato e feliz por esses amores

Em desejos mágicos e fascinantes
Digno de uma história de amantes
Até o meu gélido coração derreteu
Quando selei um beijo no anjo meu

© Afonso Domingues 


SONETOS D´AMOR 

O mais incrédulo que se agigante
Que seja assaz arrojado e elegante
Se ajoelhe perante enorme destreza
Porque o som da poesia é pura beleza

Já encantou quer plebe quer nobreza
Enamorou até a mais bela Princesa
Trouxe felicidade à cabeça mais dura
Preencheu o ser humano de doçura

Sejam simples esboços ou rascunhos
Redigidos por acção dos meus punhos
Germinarão em poema ou em canção
Versados com os enigmas do coração

Sustentados numa torrente de calma
Transformados pelo calor da alma
Rimados na serena égide da emoção
Serão sempre suportados pela paixão

Ficará gravado cada doce momento
Nos anais ou pergaminhos do tempo
Usando toda o meu afecto e fervor
Sempre te escreverei sonetos d´amor

© Afonso Domingues 

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